O arquipélago dos Açores como região de fronteira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/414 |
Resumo: | Todas as sociedades se hierarquizam em função de um centro, mas este não é definido nem necessária nem suficientemente com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. De igual modo, as periferias ou as franjas de uma dada sociedade recobrem áreas muito distintas, que não se definem obrigatoriamente em função da sua localização física, mas a partir da relação mantida com o centro. No entanto, existem periferias territoriais. De facto, quando consideramos factores como a distância em relação ao centro, a localização espacial de uma região no extremo espaço onde pode alcançar a acção – e chegarem os benefícios – daquele mesmo centro, falamos de fronteira, entendida como o limite geográfico da sociedade. O estudo da fronteira tem vindo a merecer a atenção de especialistas de várias áreas científicas, nomeadamente dos historiadores e a época medieval tem fornecido bons exemplos para uma discussão em torno desse conceito e das relações centro/periferia. Vejamos o caso dos reinos cristãos peninsulares, durante a Reconquista: se existiam entre estes fronteiras políticas, aquela que se impunha pela sua evidência – fronteira étnica, cultural, religiosa e militar – era a fronteira com o Islão e as monarquias cristãs procuravam organizar a ocupação do espaço nas regiões fronteiriças em função da guerra e de necessidades defensivas. [...] |
id |
RCAP_84ecec064102fc94ef231c0e9674dc4a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.uac.pt:10400.3/414 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O arquipélago dos Açores como região de fronteiraEmigração AçorianaFronteira AtlânticaHistória dos Açores (sécs. XV-XX)PovoamentoTodas as sociedades se hierarquizam em função de um centro, mas este não é definido nem necessária nem suficientemente com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. De igual modo, as periferias ou as franjas de uma dada sociedade recobrem áreas muito distintas, que não se definem obrigatoriamente em função da sua localização física, mas a partir da relação mantida com o centro. No entanto, existem periferias territoriais. De facto, quando consideramos factores como a distância em relação ao centro, a localização espacial de uma região no extremo espaço onde pode alcançar a acção – e chegarem os benefícios – daquele mesmo centro, falamos de fronteira, entendida como o limite geográfico da sociedade. O estudo da fronteira tem vindo a merecer a atenção de especialistas de várias áreas científicas, nomeadamente dos historiadores e a época medieval tem fornecido bons exemplos para uma discussão em torno desse conceito e das relações centro/periferia. Vejamos o caso dos reinos cristãos peninsulares, durante a Reconquista: se existiam entre estes fronteiras políticas, aquela que se impunha pela sua evidência – fronteira étnica, cultural, religiosa e militar – era a fronteira com o Islão e as monarquias cristãs procuravam organizar a ocupação do espaço nas regiões fronteiriças em função da guerra e de necessidades defensivas. [...]Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresRocha, Gilberta Pavão NunesRodrigues, José DamiãoMadeira, Artur BoavidaMonteiro, Albertino José Ribeiro2010-01-06T12:33:45Z20052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/414por"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vols. 9-10 (2005-2006): 105-1400871-7664info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:27:38Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/414Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:23:21.839605Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
title |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
spellingShingle |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira Rocha, Gilberta Pavão Nunes Emigração Açoriana Fronteira Atlântica História dos Açores (sécs. XV-XX) Povoamento |
title_short |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
title_full |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
title_fullStr |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
title_full_unstemmed |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
title_sort |
O arquipélago dos Açores como região de fronteira |
author |
Rocha, Gilberta Pavão Nunes |
author_facet |
Rocha, Gilberta Pavão Nunes Rodrigues, José Damião Madeira, Artur Boavida Monteiro, Albertino José Ribeiro |
author_role |
author |
author2 |
Rodrigues, José Damião Madeira, Artur Boavida Monteiro, Albertino José Ribeiro |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade dos Açores |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Gilberta Pavão Nunes Rodrigues, José Damião Madeira, Artur Boavida Monteiro, Albertino José Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Emigração Açoriana Fronteira Atlântica História dos Açores (sécs. XV-XX) Povoamento |
topic |
Emigração Açoriana Fronteira Atlântica História dos Açores (sécs. XV-XX) Povoamento |
description |
Todas as sociedades se hierarquizam em função de um centro, mas este não é definido nem necessária nem suficientemente com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. De igual modo, as periferias ou as franjas de uma dada sociedade recobrem áreas muito distintas, que não se definem obrigatoriamente em função da sua localização física, mas a partir da relação mantida com o centro. No entanto, existem periferias territoriais. De facto, quando consideramos factores como a distância em relação ao centro, a localização espacial de uma região no extremo espaço onde pode alcançar a acção – e chegarem os benefícios – daquele mesmo centro, falamos de fronteira, entendida como o limite geográfico da sociedade. O estudo da fronteira tem vindo a merecer a atenção de especialistas de várias áreas científicas, nomeadamente dos historiadores e a época medieval tem fornecido bons exemplos para uma discussão em torno desse conceito e das relações centro/periferia. Vejamos o caso dos reinos cristãos peninsulares, durante a Reconquista: se existiam entre estes fronteiras políticas, aquela que se impunha pela sua evidência – fronteira étnica, cultural, religiosa e militar – era a fronteira com o Islão e as monarquias cristãs procuravam organizar a ocupação do espaço nas regiões fronteiriças em função da guerra e de necessidades defensivas. [...] |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005 2005-01-01T00:00:00Z 2010-01-06T12:33:45Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.3/414 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.3/414 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vols. 9-10 (2005-2006): 105-140 0871-7664 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade dos Açores |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade dos Açores |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130678686646272 |