Teste de sentar e levantar: efeito do sexo e da idade e sua associação com a aptidão físico-funcional em idosos.

• Autor(a) principal: Pires, Nuno M F
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/9194
• topic: Teste de sentar e levantar; Aptidão física; Capacidade funcional; Força muscular; Idosos

Entre os principais efeitos do envelhecimento na saúde e qualidade de vida dos idosos, destaca-se a diminuição da capacidade funcional e consequentemente da capacidade de realização das atividades da vida diária dos idosos. A diminuição da capacidade funcional deve-se principalmente ao efeito do envelhecimento na aptidão física, particularmente o declínio da força muscular, da agilidade e do equilíbrio em idosos. A diminuição do desempenho físico e funcional e da realização das atividades da vida diária dos idosos, está diretamente associada à sua dependência e qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo estudar identificar as variáveis biomecânicas durante o teste de sentar e levantar da cadeira que melhor se relacionam com o desempenho físico e funcional dos idosos. A amostra foi constituída por 271 participantes, 110 homens e 161 mulheres, com idades entre os 55 e os 96 anos de idade (75,07 ± 8,16 anos), recrutados no âmbito do projeto Gmove+ entre os anos de 2017 e 2019. O desempenho físico-funcional foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e do teste de preensão manual. Foram ainda registados os níveis de atividade física (Questionário YPAS-PT), dados sociodemográficos, composição corporal e qualidade de vida (Questionário SF-36v2). O teste de sentar e levantar do SPPB foi realizado sobre uma plataforma de forças para o cálculo das variáveis biomecânicas (taxa de produção de força e coeficiente de variação médio lateral (CoV ML). Os resultados permitiram constatar que em relação às variáveis biomecânicas em estudo, os homens obtiveram melhores resultados que as mulheres na Taxa de Produção de Força Máxima (TPF máx) (P = 0,006), sendo na TPF nos diferentes períodos temporais semelhantes. Em relação aos CoV ML não foram encontradas diferenças significativas em nenhuma das fases em avaliação. Relativamente aos resultados obtidos na pontuação do SPPB podemos verificar que não foram encontradas diferenças significativas entre homens e mulheres (P = 0,299). Em conclusão, os homens apresentaram maiores níveis de força máxima nos membros inferiores. Contudo, nenhuma diferença na aptidão física e funcionalidade foi observada.