Abuso sexual na infância: o papel da reação materna e da empatia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Andreia
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/24070
Resumo: As reações sociais ao abuso sexual na infância podem manifestar-se negativamente, a curto e a longo prazo, na saúde mental das vítimas. Neste sentido, é importante compreender os fatores subjacentes àquelas reações. Tanto quanto é do nosso conhecimento, a investigação não explorou, ainda, o papel da reação da figura materna ao abuso neste contexto. No presente estudo, pretende-se explorar o efeito da reação da figura materna ao abuso nas atribuições dos participantes face à experiência abusiva, à vítima e ao perpetrador, bem como o papel moderador da empatia nesta relação. A amostra é constituída por 256 indivíduos (80.9% do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos (M = 35.48; DP = 11.83). Os participantes preencheram um conjunto de questionários que permitiram avaliar caraterísticas sociodemográficas, empatia e as atribuições realizadas após a leitura de uma de três vinhetas em que a reação materna é manipulada (protege a vítima vs. culpa a vítima vs. nega a ocorrência do abuso). Os resultados revelaram que a reação da figura materna prediz apenas a atribuição de culpabilidade ao perpetrador e, contrariamente ao esperado, as diferenças encontram-se entre as reações de culpa e negação do abuso. Especificamente, os participantes atribuem mais culpa ao perpetrador quando a figura materna culpabiliza a criança pelo abuso do que quando nega a sua ocorrência. Por outro lado, o papel moderador da empatia não se revelou significativo. São discutidas hipóteses explicativas, implicações para a prática e sugestões para a investigação.
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