A GESTÃO ANCORADA NO BEM-ESTAR LABORAL: UM ESTUDO NACIONAL SOBRE AS PRÁTICAS MEDITATIVAS LABORAIS DOS PORTUGUESES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/48218 |
Resumo: | As organizações, nas últimas décadas conseguiram alcançar aumentos de produtividade, devido ao início da era industrial, desde a oferta de matérias-primas a baixo custo, da crescente globalização e ao crescimento das tecnologias, estes acontecimentos no passado, só afirmavam que a inovação que iria existir no futuro, teria grandes dimensões. Assim, percebeu-se que as pessoas, vulgo, os colaboradores, estavam a tornar-se num recurso essencial para a organização e a gestão centrada nos aspetos humanos desenvolve-se fortemente. Prova disso, é por exemplo a NORMA Portuguesa NP4590, do sistema de gestão do bem-estar e felicidade organizacional, que se encontra neste momento em discussão e consulta pública e que aposta no bem-estar laboral, com objetivo de atingir o sucesso das empresas, e logo a produtividade e o lucro, mas também com objetivos de atrair e reter talentos num mundo laboral cada vez mais VUCA. As ciências empresariais têm procurado soluções para promover o bem-estar laboral e tornar-se mais competitivas de forma a reter talentos, e a oferta de práticas meditativas laborais tem sido uma abordagem em crescimento. A literatura aponta que as práticas meditativas contribuem para o bem-estar laboral, trazendo diferenciação aos benefícios oferecidos pelas empresas aos colaboradores, reduzindo o stress profissional, aumentando as emoções positivas no trabalho, melhorando relacionamentos laborais e consecutivamente, aumentando produtividade e logo, a competitividade das organizações. Pode-se definir Ciências contemplativas como a harmonia de um conhecimento profundo dos acontecimentos mentais, em que estamos num estado de consciência, em que adotamos uma postura de disciplina com o objetivo de neutralizar os impactos dos desequilíbrios mentais. Enquanto as Práticas meditativas, incluem todas as práticas, de todas as origens e tradições que incluam praticas de meditação. A meditação humana existe há cerca de 5000 anos, e de forma resumida pode ser definida como a autorregulação intencional da atenção, existindo dezenas se não centenas de práticas meditativas documentadas. Em particular, a Meditação mindfulness tem atingido grande mediatismo por ser uma das mais investigadas segundo o método científico, nas últimas décadas. Trata-se de uma tipologia de meditação - traduzido em português por prática de atenção plena - que implica direcionar a atenção ao momento presente, de forma descentrativa e sem julgamentos ao desenrolar da experiência atual. A meditação mindfulness é o estado de consciência da mente, em que a nossa atitude está relacionada com a nossa curiosidade e a nossa intenção é a capacidade de controlar essa curiosidade. Neste estudo, para perceber as práticas meditativas de trabalhadores portugueses, na sua relação com as facetas de mindfulness, optou-se por uma metodologia quantitativa, usando um questionário composto por: (a) perguntas sobre as variáveis sociodemográficas e profissionais; (b) a versão portuguesa do Five Facet Mindfulness Questionnaire de Baer et al., (2006), tradução e adaptação de Gouveia e Gregório (2007), com 39 questões; (c) e por um conjunto de 12 perguntas sobre práticas meditativas construído especificamente para este estudo. Participaram 170 indivíduos e destacam-se os seguintes resultados: (a) das cinco facetas, a faceta com melhor resultado nesta amostra foi a faceta ‘Observar’; (b) a prática meditativa com frequência mais elevada correspondeu à meditação em movimento (Yoga, Pilates, Qigong, Taichi, entre outras); (c) variáveis sociodemográficas como a idade mostraram-se significativas, verificando-se que os participantes mais velhos apresentaram resultados mais elevados (nas facetas descrever e observar), em comparação com os mais novos; (d) outra variável sociodemográfica significativa, foi a variável género relacionada com as práticas meditativas, em que se confirmando que o valor da média mais alto do género feminino, foi nas práticas de comunicação consciente para com os outros (Mindful Comunication) e nas práticas de cultivo da paciência, benevolência, altruísmo, gratidão e outras forças positivas. Por fim, termina-se discutindo os resultados, sugerindo investigação futura e deixando pistas para o futuro das práticas meditativas laborais como estratégia de promoção do bem-estar laboral. |
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Prova disso, é por exemplo a NORMA Portuguesa NP4590, do sistema de gestão do bem-estar e felicidade organizacional, que se encontra neste momento em discussão e consulta pública e que aposta no bem-estar laboral, com objetivo de atingir o sucesso das empresas, e logo a produtividade e o lucro, mas também com objetivos de atrair e reter talentos num mundo laboral cada vez mais VUCA. As ciências empresariais têm procurado soluções para promover o bem-estar laboral e tornar-se mais competitivas de forma a reter talentos, e a oferta de práticas meditativas laborais tem sido uma abordagem em crescimento. A literatura aponta que as práticas meditativas contribuem para o bem-estar laboral, trazendo diferenciação aos benefícios oferecidos pelas empresas aos colaboradores, reduzindo o stress profissional, aumentando as emoções positivas no trabalho, melhorando relacionamentos laborais e consecutivamente, aumentando produtividade e logo, a competitividade das organizações. 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A meditação mindfulness é o estado de consciência da mente, em que a nossa atitude está relacionada com a nossa curiosidade e a nossa intenção é a capacidade de controlar essa curiosidade. Neste estudo, para perceber as práticas meditativas de trabalhadores portugueses, na sua relação com as facetas de mindfulness, optou-se por uma metodologia quantitativa, usando um questionário composto por: (a) perguntas sobre as variáveis sociodemográficas e profissionais; (b) a versão portuguesa do Five Facet Mindfulness Questionnaire de Baer et al., (2006), tradução e adaptação de Gouveia e Gregório (2007), com 39 questões; (c) e por um conjunto de 12 perguntas sobre práticas meditativas construído especificamente para este estudo. 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