Avaliação da Bioacessibilidade de Compostos Antioxidantes de Plantas Aromáticas: Orégãos e Tomilho limão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garay, Elba Lucia Ramirez
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/22177
Resumo: O objectivo deste trabalho foi o de avaliar a bioacessibilidade de compostos antioxidantes e antimicrobianos de duas plantas aromáticas de consumo comum na cozinha tradicional portuguesa nomeadamente o orégano (Origanum vulgare L.) e o tomilho limão (Thymus x citriodorus L.). Para isso realizaram-se simulações in vitro do processo de digestão gástrica e gastrointestinal, avaliando a quantidade de fenóis e flavonóides totais bem como a capacidade antioxidante e antimicrobiana do extratos obtidos através de cada um destes processos. Estes extratos permitiram avaliar a quantidade de compostos bioativos que se conseguiu solubilizar da matriz da planta ao longo do processo de digestão (fração bioacessível). Para ter uma ideia do potencial antioxidante e antimicrobiano destas plantas, os extratos obtidos por simulação do processo de digestivo foram sempre comparados com extratos preparados com etanol 70%, utilizando a mesma proporção massa de planta/volume de solvente. A actividade antioxidante foi avaliada através de diferentes ensaios, nomeadamente avaliação da capacidade de sequestro dos radicais DPPH• (2,2-difenil-1-pircrilhidrazilo), ABTS•+ (2,2’-azino-bis(3,etilbenzotiazolina-6-ácido sulfónico) e da espécie reactiva de oxigénio anião e anião superóxido (O2 ●-), e avaliação da capacidade redutora através dos ensaios FRAP (capacidade redutora férrica) e CUPRAC (capacidade redutora cúprica). A actividade antimicrobiana foi avaliada pela determinação da capacidade dos extratos para inibir o crescimento de bacterias Gram-positivas (Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus resistente à meticilina e Enterococcus faecalis) e Gram-negativas (Escherichia coli e Pseudomona aeruginosa). Em relação à atividade antimicrobiana esta só se conseguiu detetar com os extratos etanólicos e apenas contra as bactérias Gram-positivas. Por outro lado, conseguiu detetar-se atividade antioxidante em todos os extratos, de ambas as plantas em estudo, e em todos os ensaios efectuados. Contudo, a atividade antioxidante após simulação da digestão gastrointestinal foi estatisticamente inferior à obtida nos extratos etanólicos. Esta diferença sugere que a simulação da digestão possa ter originado uma perda de compostos bioativos ou que, nas condições da digestão gastrointestinal, os compostos bioativos não tenham sido extraídos da matriz da planta. No entanto, apesar de ser inferior à dos extratos em etanol, a atividade antioxidante obtida após simulação da digestão sugere que tanto os orégãos como o tomilho limão ainda possam desempenhar um papel importante na defesa antioxidante, em particular atuando na desativação de espécies reativas de oxigénio que se possam formar no aparelho digestivo.
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