Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vale, Ana Sofia Gonçalves do
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/37876
Resumo: No ordenamento jurídico português, à semelhança de outros, consagra-se a previsão dos meios de conservação da garantia patrimonial concedidos aos credores, que pugnam pela robustez da mesma. Concretamente, o célebre instituto da Impugnação Pauliana consiste num imperioso mecanismo ao qual o credor poderá lançar mão, sendo bastante vantajoso para si, por apenas respeitar ao credor que a ela recorra, colocando-o numa posição singular relativamente aos demais. Todavia, frequentemente, este depara-se com diversas dificuldades e constrangimentos na sua aplicação e verificação dos requisitos exigidos, em particular, no que concerne à prova da má fé, relativamente à prática de atos onerosos pelo devedor. Assim, por somente se exigir a prova da má fé no que aos atos onerosos diz respeito, presumindo-se a mesma nos atos gratuitos, este requisito assume uma relevância extrema, que importa desmistificar e concretizar, esbatendo-se na complexa tarefa de qualificar os atos em causa. A qualificação de alguns atos enquanto onerosos ou gratuitos entronca numa ténue fronteira, culminando em importantes consequências de ordem prática que, muitas vezes, divide a nossa doutrina e jurisprudência, sendo que, no limite, poderá obstaculizar a aplicação do referido meio de conservação. Existe uma eminente necessidade de atualização e modernização do instituto, que ganha crescente relevo, no seio da sociedade atual, perante a constante difusão de novos tipos contratuais, que deverá ter sempre como fio condutor a perfeita simbiose e harmonização dos vários interesses que a aplicação da figura põe em confronto.
id RCAP_8688720ef1baa753cdadd61c1a7932e8
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37876
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atosImpugnação paulianaMeios de conservação da garantia patrimonialMá féOnerosidadeGratuitidadeCredorDevedorTerceiroTráfego jurídicoPaulian ImpugnationMeans of preserving the equity guaranteeBad faithOnerousnessGratuityCreditorDebtorThirdLegal trafficDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::DireitoNo ordenamento jurídico português, à semelhança de outros, consagra-se a previsão dos meios de conservação da garantia patrimonial concedidos aos credores, que pugnam pela robustez da mesma. Concretamente, o célebre instituto da Impugnação Pauliana consiste num imperioso mecanismo ao qual o credor poderá lançar mão, sendo bastante vantajoso para si, por apenas respeitar ao credor que a ela recorra, colocando-o numa posição singular relativamente aos demais. Todavia, frequentemente, este depara-se com diversas dificuldades e constrangimentos na sua aplicação e verificação dos requisitos exigidos, em particular, no que concerne à prova da má fé, relativamente à prática de atos onerosos pelo devedor. Assim, por somente se exigir a prova da má fé no que aos atos onerosos diz respeito, presumindo-se a mesma nos atos gratuitos, este requisito assume uma relevância extrema, que importa desmistificar e concretizar, esbatendo-se na complexa tarefa de qualificar os atos em causa. A qualificação de alguns atos enquanto onerosos ou gratuitos entronca numa ténue fronteira, culminando em importantes consequências de ordem prática que, muitas vezes, divide a nossa doutrina e jurisprudência, sendo que, no limite, poderá obstaculizar a aplicação do referido meio de conservação. Existe uma eminente necessidade de atualização e modernização do instituto, que ganha crescente relevo, no seio da sociedade atual, perante a constante difusão de novos tipos contratuais, que deverá ter sempre como fio condutor a perfeita simbiose e harmonização dos vários interesses que a aplicação da figura põe em confronto.The Portuguese legal system, like others, provides for the means of preserving the equity guarantee granted to creditors, that strive for its strength. Concretely, the famous institute of the Pauliana Impugnation consists of an imperious mechanism that the creditor can use, being quite advantageous for him, for only respecting the creditor who uses it, placing him in a singular position in relation to the others. However, it is often faced with several difficulties and constraints in its application and verification of the required requirements, in particular, regarding proof of bad faith, in relation to the practice of onerous acts by the debtor. Thus, as proof of bad faith is only required regarding onerous acts, assuming the same in gratuitous acts, this requirement assumes extreme relevance, which is important to demystify and concretize, blurring the complex task of qualifying the acts in question. The qualification of some acts as onerous or gratuitous crosses a tenuous border, culminating in important practical consequences that often divide our doctrine and jurisprudence and, ultimately, may hinder the application of said means of conservation. There is an eminent need to update and modernize the institute, which gains increasing importance within today's society, given the constant diffusion of new contractual types, which should always have as a guiding thread the perfect symbiosis and harmonization of the various interests that the application of the figure puts into confrontation.Ribeiro, Maria de Fátima SilvaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaVale, Ana Sofia Gonçalves do2022-06-14T15:14:59Z2022-02-0920212022-02-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/37876TID:202962024porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:43:24Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37876Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:30:51.688071Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
title Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
spellingShingle Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
Vale, Ana Sofia Gonçalves do
Impugnação pauliana
Meios de conservação da garantia patrimonial
Má fé
Onerosidade
Gratuitidade
Credor
Devedor
Terceiro
Tráfego jurídico
Paulian Impugnation
Means of preserving the equity guarantee
Bad faith
Onerousness
Gratuity
Creditor
Debtor
Third
Legal traffic
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
title_short Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
title_full Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
title_fullStr Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
title_full_unstemmed Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
title_sort Impugnação pauliana - garantia ou Incerteza? Os requisitos e a zona cinzenta entre a gratuitidade e onerosidade dos atos
author Vale, Ana Sofia Gonçalves do
author_facet Vale, Ana Sofia Gonçalves do
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Ribeiro, Maria de Fátima Silva
Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Vale, Ana Sofia Gonçalves do
dc.subject.por.fl_str_mv Impugnação pauliana
Meios de conservação da garantia patrimonial
Má fé
Onerosidade
Gratuitidade
Credor
Devedor
Terceiro
Tráfego jurídico
Paulian Impugnation
Means of preserving the equity guarantee
Bad faith
Onerousness
Gratuity
Creditor
Debtor
Third
Legal traffic
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
topic Impugnação pauliana
Meios de conservação da garantia patrimonial
Má fé
Onerosidade
Gratuitidade
Credor
Devedor
Terceiro
Tráfego jurídico
Paulian Impugnation
Means of preserving the equity guarantee
Bad faith
Onerousness
Gratuity
Creditor
Debtor
Third
Legal traffic
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Direito
description No ordenamento jurídico português, à semelhança de outros, consagra-se a previsão dos meios de conservação da garantia patrimonial concedidos aos credores, que pugnam pela robustez da mesma. Concretamente, o célebre instituto da Impugnação Pauliana consiste num imperioso mecanismo ao qual o credor poderá lançar mão, sendo bastante vantajoso para si, por apenas respeitar ao credor que a ela recorra, colocando-o numa posição singular relativamente aos demais. Todavia, frequentemente, este depara-se com diversas dificuldades e constrangimentos na sua aplicação e verificação dos requisitos exigidos, em particular, no que concerne à prova da má fé, relativamente à prática de atos onerosos pelo devedor. Assim, por somente se exigir a prova da má fé no que aos atos onerosos diz respeito, presumindo-se a mesma nos atos gratuitos, este requisito assume uma relevância extrema, que importa desmistificar e concretizar, esbatendo-se na complexa tarefa de qualificar os atos em causa. A qualificação de alguns atos enquanto onerosos ou gratuitos entronca numa ténue fronteira, culminando em importantes consequências de ordem prática que, muitas vezes, divide a nossa doutrina e jurisprudência, sendo que, no limite, poderá obstaculizar a aplicação do referido meio de conservação. Existe uma eminente necessidade de atualização e modernização do instituto, que ganha crescente relevo, no seio da sociedade atual, perante a constante difusão de novos tipos contratuais, que deverá ter sempre como fio condutor a perfeita simbiose e harmonização dos vários interesses que a aplicação da figura põe em confronto.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2022-06-14T15:14:59Z
2022-02-09
2022-02-09T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/37876
TID:202962024
url http://hdl.handle.net/10400.14/37876
identifier_str_mv TID:202962024
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799132031241682944