Entrevista forense com crianças abusadas : contributos para a adaptação do protocolo do NICHD ao contexto português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Raquel Cunha
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/9239
Resumo: O abuso de crianças revela-se como um problema a nível mundial, afetando milhões de crianças todos os anos. Provas médicas são escassas, sendo a criança, na maioria das vezes, a única fonte de informação disponível. Este fenómeno demonstra a sua delicadeza através das dinâmicas da situação abusiva que acarreta bem como do contexto de secretismo e das consequências psicológicas em que se inscreve. Assim, a entrevista investigatória com a criança abusada é um método que deve ser tido por excelência. Pelas limitações que certas técnicas de investigação têm vindo a demonstrar, foi construído um protocolo de entrevista forense (pelo NICHD - National Institute of Child Health and Human Development) com vista o aumento da organização e da qualidade da entrevista. Para além de evitar a vitimização secundária da criança, tantas vezes presente nestes casos, o protocolo tem como objetivo a implementação de uma entrevista de carácter urgente, socorrendo-se do máximo de questões abertas e do mínimo de informação introduzida pelo entrevistador. Para além do levantamento dos benefícios da aplicação deste protocolo conseguidos ao longo dos anos, pretende-se que, com o presente estudo, se contribua para a adaptação e aplicação do protocolo do NICHD ao contexto português e se compreenda a relação entre a tipologia de questões utilizadas pelo entrevistador e a forma como a criança tende a responder a esta tipologia. Através da entrevista a uma amostra de 13 crianças alegadamente vítimas de abuso sexual ou físico, fez-se uma análise quantitativa e uma análise de conteúdo tradicional de cariz qualitativo para a compreensão da tendência dos entrevistadores em utilizar certas questões, a influência que o seguimento das orientações do protocolo pode ter na prestação da criança e certas dinâmicas envolvidas na entrevista.
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