A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Flávio Bastos da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/6372
Resumo: A Análise de Política Externa (APE) é um sub-field dentro das Relações Internacionais, que, tal como a própria disciplina, surgiu após a Segunda Guerra Mundial, num cenário de intensa proliferação dos estudos acerca da realidade internacional. Foi neste movimento de afirmação desta nova disciplina, acompanhado pela crescente relevância da política externa, quer para os Estados, quer para as RI, que o próprio estudo da política externa se desenvolveu e autonomizou, através do surgimento da APE. Dotada de uma metodologia inovadora e procurando realizar uma análise mais profunda do que a abordagem tradicional, a APE centrou o objeto de estudo no decisor e nas causas que realmente o levaram a adotar uma dada decisão. Neste artigo, iremos procurar expor a relevância da Análise de Política Externa e, para isso, recorreremos a um estudo de caso: a adesão de Portugal às Comunidades Europeias. Finalizada em 1986, a adesão à CEE foi o culminar de um longo processo de adesão que se iniciou em 1976/77, quando o I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, enviou o pedido de adesão. É aqui, no envio do pedido de adesão, que encontramos o centro da decisão, e, portanto, é também aqui que o nosso estudo se vai centrar. Recorrendo à APE, observamos que, por detrás desta decisão, não encontramos como motivação somente o interesse nacional, como uma análise tradicional poderia sugerir, mas sobretudo pressões, perceções e ideais que se traduzem na vontade do decisor. Desta forma, a adesão de Portugal à CEE foi, mais do que resultado da Estrutura, resultado da perceção e idiossincrasia da Agência, cuja caracterização é apresentada neste artigo.
id RCAP_86cd0b93e6712ec3708595d27bd03015
oai_identifier_str oai:repositorio.ual.pt:11144/6372
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEEPortugalComunidade Económica EuropeiaPolítica ExternaAnálise de Política ExternaRelações InternacionaisA Análise de Política Externa (APE) é um sub-field dentro das Relações Internacionais, que, tal como a própria disciplina, surgiu após a Segunda Guerra Mundial, num cenário de intensa proliferação dos estudos acerca da realidade internacional. Foi neste movimento de afirmação desta nova disciplina, acompanhado pela crescente relevância da política externa, quer para os Estados, quer para as RI, que o próprio estudo da política externa se desenvolveu e autonomizou, através do surgimento da APE. Dotada de uma metodologia inovadora e procurando realizar uma análise mais profunda do que a abordagem tradicional, a APE centrou o objeto de estudo no decisor e nas causas que realmente o levaram a adotar uma dada decisão. Neste artigo, iremos procurar expor a relevância da Análise de Política Externa e, para isso, recorreremos a um estudo de caso: a adesão de Portugal às Comunidades Europeias. Finalizada em 1986, a adesão à CEE foi o culminar de um longo processo de adesão que se iniciou em 1976/77, quando o I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, enviou o pedido de adesão. É aqui, no envio do pedido de adesão, que encontramos o centro da decisão, e, portanto, é também aqui que o nosso estudo se vai centrar. Recorrendo à APE, observamos que, por detrás desta decisão, não encontramos como motivação somente o interesse nacional, como uma análise tradicional poderia sugerir, mas sobretudo pressões, perceções e ideais que se traduzem na vontade do decisor. Desta forma, a adesão de Portugal à CEE foi, mais do que resultado da Estrutura, resultado da perceção e idiossincrasia da Agência, cuja caracterização é apresentada neste artigo.OBERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa2023-05-09T09:55:15Z2023-05-01T00:00:00Z2023-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/6372por1647-7251https://doi.org/10.26619/1647-7251.14.1.13Silva, Flávio Bastos dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:28:23Zoai:repositorio.ual.pt:11144/6372Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:35:48.085225Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
title A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
spellingShingle A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
Silva, Flávio Bastos da
Portugal
Comunidade Económica Europeia
Política Externa
Análise de Política Externa
Relações Internacionais
title_short A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
title_full A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
title_fullStr A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
title_full_unstemmed A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
title_sort A relevânca da APE para o estudo da política externa: o caso da adesão de Portugal à CEE
author Silva, Flávio Bastos da
author_facet Silva, Flávio Bastos da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Flávio Bastos da
dc.subject.por.fl_str_mv Portugal
Comunidade Económica Europeia
Política Externa
Análise de Política Externa
Relações Internacionais
topic Portugal
Comunidade Económica Europeia
Política Externa
Análise de Política Externa
Relações Internacionais
description A Análise de Política Externa (APE) é um sub-field dentro das Relações Internacionais, que, tal como a própria disciplina, surgiu após a Segunda Guerra Mundial, num cenário de intensa proliferação dos estudos acerca da realidade internacional. Foi neste movimento de afirmação desta nova disciplina, acompanhado pela crescente relevância da política externa, quer para os Estados, quer para as RI, que o próprio estudo da política externa se desenvolveu e autonomizou, através do surgimento da APE. Dotada de uma metodologia inovadora e procurando realizar uma análise mais profunda do que a abordagem tradicional, a APE centrou o objeto de estudo no decisor e nas causas que realmente o levaram a adotar uma dada decisão. Neste artigo, iremos procurar expor a relevância da Análise de Política Externa e, para isso, recorreremos a um estudo de caso: a adesão de Portugal às Comunidades Europeias. Finalizada em 1986, a adesão à CEE foi o culminar de um longo processo de adesão que se iniciou em 1976/77, quando o I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, enviou o pedido de adesão. É aqui, no envio do pedido de adesão, que encontramos o centro da decisão, e, portanto, é também aqui que o nosso estudo se vai centrar. Recorrendo à APE, observamos que, por detrás desta decisão, não encontramos como motivação somente o interesse nacional, como uma análise tradicional poderia sugerir, mas sobretudo pressões, perceções e ideais que se traduzem na vontade do decisor. Desta forma, a adesão de Portugal à CEE foi, mais do que resultado da Estrutura, resultado da perceção e idiossincrasia da Agência, cuja caracterização é apresentada neste artigo.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-05-09T09:55:15Z
2023-05-01T00:00:00Z
2023-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11144/6372
url http://hdl.handle.net/11144/6372
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1647-7251
https://doi.org/10.26619/1647-7251.14.1.13
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv OBERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa
publisher.none.fl_str_mv OBERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136833580302336