Qualidade do sono e sonolência em estudantes de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perdigão, Ana
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Cristina, Andreia, Sousa, Filipe
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.567
Resumo: Introdução: Os problemas de sono têm uma importância crescente na sociedade atual. O sono é essencial para sustentar uma vida saudável, e um contribuinte chave para a estabilidade emocional e habilidades de aprendizagem, como memória, cognição e função executiva. A perda de sono e a sonolência associada, particularmente nos estudantes de Enfermagem são uma ameaça ao sucesso académico e à sua saúde física e mental. Objetivo: Caracterizar as componentes da qualidade subjetiva do sono e a sonolência diurna numa amostra de estudantes de enfermagem portugueses. Material e Métodos: Estudo quantitativo correlacional longitudinal. Aplicaram-se as versões portuguesas do Índice Qualidade Sono Pittsburgh (PSQI-PT) e da Escala Sonolência Epoworth (ESE), e um questionário sócio demográfico e de hábitos de vida e sono em 334 (273 raparigas e 61rapazes) estudantes do 1º ano, 1º semestre do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Cumpridos princípios Declaração Helsínquia. Resultados: Uma grande parte dos estudantes (72%) encontra-se pela primeira vez a residir fora da sua residência habitual e a viver em apartamentos partilhados (55%). Metade destes estudantes bebe habitualmente bebidas estimulantes mas, uma grande parte (89%) não fuma. Muitos não praticam exercício físico (58%) e, a maior parte, deita-se durante a semana às 23h, mas mais tarde ao fim de semana. Referem usar o TM na cama 54% dos estudantes. PSQI-PT mostrou em 35% dos estudantes subjetivamente má qualidade de sono. A perceção de sonolência e disfunção diurna relacionou-se positivamente com a idade. ESE: 27,5% dos estudantes apresentam SDE de ligeira a grave. Conclusões: Compreender a extensão e as potenciais repercussões de curto e longo prazo da restrição do sono, bem como as práticas de sono não saudáveis e os fatores ambientais que contribuem para a perda de sono em adolescentes e jovens adultos, é fundamental para definir políticas públicas e privadas para mitigar esses efeitos e aconselhar os estudantes em contexto académico, explorando possíveis programas de prevenção (alimentação, TIC, exercício físico) que melhorem a qualidade subjetiva do sono.
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