Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Joana Rita
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/65407
Resumo: A globalização e a expansão das novas tecnologias impulsionaram o aparecimento de várias ameaças, que se têm vindo a destacar nos vários panoramas geopolíticos. Entre elas, o terrorismo, que tem minado, entre outras zonas geográficas, o Médio Oriente e o Norte de África, enfraquecendo os seus sistemas políticos e as várias estruturas das sociedades, estando também ligado a outros «fenómenos» como é o caso da migração, das guerras civis e vários tipos de crime organizado. Com os ataques de 11 de setembro de 2001, tanto o conceito, como as formas de tratar o terrorismo, foram complexificadas, não existindo até ao momento, uma definição consensual. A ameaça terrorista tem estado presente nos debates políticos internacionais, porque, para além de atrair a atenção dos media a nível global, cria um elevado grau de insegurança no seio da comunidade internacional. O contraterrorismo, por sua vez, é percecionado como o combate ao terrorismo, fazendo uso de um conjunto de mecanismos, que procuram reduzir o nível de ameaça e terror. Segue-se uma perspetiva institucional, considerando-se as políticas públicas como o mecanismo que define os instrumentos que tratam do contraterrorismo, estando aqui enquadradas no contexto do processo de formulação de políticas transnacionais. A análise das políticas públicas permite a compreensão das principais falhas e necessidades nesta matéria, por forma a serem encontradas formas mais eficientes e eficazes de enfraquecer o terrorismo A análise centra-se no contraste entre a ameaça contraterrorista e a resposta. O principal objetivo é analisar a influência das respostas contraterroristas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) nas políticas públicas contraterroristas dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE). Assim sendo seguiu-se uma abordagem multidisciplinar, tendo em conta diferentes níveis de análise: global, regional e nacional. Concluiu-se que, a influência de atores como a ONU e NATO, deve atender ao contexto histórico-social de cada país, tendo em conta os desafios internacionais. Os EUA e a UE têm culturas estratégicas diferentes e, apesar de enfrentarem ameaças semelhantes, a natureza das suas respostas contraterroristas não é idêntica, tanto porque priorizam diferentes enquadramentos institucionais, como pelos diferentes objetivos pretendidos. Contudo, têm impulsionado a coordenação e a cooperação internacional por forma a desenhar estratégias de alcance global. Apesar dos diferentes pesos atribuídos aos enquadramentos institucionais da ONU e da NATO, as estratégias destas organizações são essencialmente defensivas e reativas, o que as coloca num plano de apoio. Ambas têm feito esforços coletivos, a fim de encontrar propostas convergentes e/ou coordenadas na luta contra o terrorismo internacional, que nos dois contextos, incluem os dois estudos de caso - os EUA e a UE. A influência destas organizações é confirmada com a adoção e implementação das leis internacionais nos respetivos sistemas nacionais. Assim sendo, as decisões ficam a cargo dos Estados-Membros, que na maioria das vezes têm propostas divergentes. O que é facto é que apesar de existirem políticas mais similares entre estados, a nível global as respostas contraterroristas são bastante divergentes, não existindo uma única resposta coordenada ao problema.
id RCAP_87125fe82c10ed77995c1a67b4053e1b
oai_identifier_str oai:run.unl.pt:10362/65407
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismosContraterrorismoPolíticas PúblicasRespostas contraterroristasPublic policiesAbordagem InstitucionalCounterterrorism responsesInstitutional approachDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências PolíticasA globalização e a expansão das novas tecnologias impulsionaram o aparecimento de várias ameaças, que se têm vindo a destacar nos vários panoramas geopolíticos. Entre elas, o terrorismo, que tem minado, entre outras zonas geográficas, o Médio Oriente e o Norte de África, enfraquecendo os seus sistemas políticos e as várias estruturas das sociedades, estando também ligado a outros «fenómenos» como é o caso da migração, das guerras civis e vários tipos de crime organizado. Com os ataques de 11 de setembro de 2001, tanto o conceito, como as formas de tratar o terrorismo, foram complexificadas, não existindo até ao momento, uma definição consensual. A ameaça terrorista tem estado presente nos debates políticos internacionais, porque, para além de atrair a atenção dos media a nível global, cria um elevado grau de insegurança no seio da comunidade internacional. O contraterrorismo, por sua vez, é percecionado como o combate ao terrorismo, fazendo uso de um conjunto de mecanismos, que procuram reduzir o nível de ameaça e terror. Segue-se uma perspetiva institucional, considerando-se as políticas públicas como o mecanismo que define os instrumentos que tratam do contraterrorismo, estando aqui enquadradas no contexto do processo de formulação de políticas transnacionais. A análise das políticas públicas permite a compreensão das principais falhas e necessidades nesta matéria, por forma a serem encontradas formas mais eficientes e eficazes de enfraquecer o terrorismo A análise centra-se no contraste entre a ameaça contraterrorista e a resposta. O principal objetivo é analisar a influência das respostas contraterroristas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) nas políticas públicas contraterroristas dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE). Assim sendo seguiu-se uma abordagem multidisciplinar, tendo em conta diferentes níveis de análise: global, regional e nacional. Concluiu-se que, a influência de atores como a ONU e NATO, deve atender ao contexto histórico-social de cada país, tendo em conta os desafios internacionais. Os EUA e a UE têm culturas estratégicas diferentes e, apesar de enfrentarem ameaças semelhantes, a natureza das suas respostas contraterroristas não é idêntica, tanto porque priorizam diferentes enquadramentos institucionais, como pelos diferentes objetivos pretendidos. Contudo, têm impulsionado a coordenação e a cooperação internacional por forma a desenhar estratégias de alcance global. Apesar dos diferentes pesos atribuídos aos enquadramentos institucionais da ONU e da NATO, as estratégias destas organizações são essencialmente defensivas e reativas, o que as coloca num plano de apoio. Ambas têm feito esforços coletivos, a fim de encontrar propostas convergentes e/ou coordenadas na luta contra o terrorismo internacional, que nos dois contextos, incluem os dois estudos de caso - os EUA e a UE. A influência destas organizações é confirmada com a adoção e implementação das leis internacionais nos respetivos sistemas nacionais. Assim sendo, as decisões ficam a cargo dos Estados-Membros, que na maioria das vezes têm propostas divergentes. O que é facto é que apesar de existirem políticas mais similares entre estados, a nível global as respostas contraterroristas são bastante divergentes, não existindo uma única resposta coordenada ao problema.Pinto, Ana SantosRUNSantos, Joana Rita2021-02-12T01:30:30Z2019-02-122018-10-092019-02-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/65407TID:202173712porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:31:09Zoai:run.unl.pt:10362/65407Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:34:20.785107Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
title Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
spellingShingle Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
Santos, Joana Rita
Contraterrorismo
Políticas Públicas
Respostas contraterroristas
Public policies
Abordagem Institucional
Counterterrorism responses
Institutional approach
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
title_short Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
title_full Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
title_fullStr Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
title_full_unstemmed Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
title_sort Contraterrorismo: uma análise institucional de estratégias e mecanismos
author Santos, Joana Rita
author_facet Santos, Joana Rita
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pinto, Ana Santos
RUN
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Joana Rita
dc.subject.por.fl_str_mv Contraterrorismo
Políticas Públicas
Respostas contraterroristas
Public policies
Abordagem Institucional
Counterterrorism responses
Institutional approach
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
topic Contraterrorismo
Políticas Públicas
Respostas contraterroristas
Public policies
Abordagem Institucional
Counterterrorism responses
Institutional approach
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas
description A globalização e a expansão das novas tecnologias impulsionaram o aparecimento de várias ameaças, que se têm vindo a destacar nos vários panoramas geopolíticos. Entre elas, o terrorismo, que tem minado, entre outras zonas geográficas, o Médio Oriente e o Norte de África, enfraquecendo os seus sistemas políticos e as várias estruturas das sociedades, estando também ligado a outros «fenómenos» como é o caso da migração, das guerras civis e vários tipos de crime organizado. Com os ataques de 11 de setembro de 2001, tanto o conceito, como as formas de tratar o terrorismo, foram complexificadas, não existindo até ao momento, uma definição consensual. A ameaça terrorista tem estado presente nos debates políticos internacionais, porque, para além de atrair a atenção dos media a nível global, cria um elevado grau de insegurança no seio da comunidade internacional. O contraterrorismo, por sua vez, é percecionado como o combate ao terrorismo, fazendo uso de um conjunto de mecanismos, que procuram reduzir o nível de ameaça e terror. Segue-se uma perspetiva institucional, considerando-se as políticas públicas como o mecanismo que define os instrumentos que tratam do contraterrorismo, estando aqui enquadradas no contexto do processo de formulação de políticas transnacionais. A análise das políticas públicas permite a compreensão das principais falhas e necessidades nesta matéria, por forma a serem encontradas formas mais eficientes e eficazes de enfraquecer o terrorismo A análise centra-se no contraste entre a ameaça contraterrorista e a resposta. O principal objetivo é analisar a influência das respostas contraterroristas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) nas políticas públicas contraterroristas dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE). Assim sendo seguiu-se uma abordagem multidisciplinar, tendo em conta diferentes níveis de análise: global, regional e nacional. Concluiu-se que, a influência de atores como a ONU e NATO, deve atender ao contexto histórico-social de cada país, tendo em conta os desafios internacionais. Os EUA e a UE têm culturas estratégicas diferentes e, apesar de enfrentarem ameaças semelhantes, a natureza das suas respostas contraterroristas não é idêntica, tanto porque priorizam diferentes enquadramentos institucionais, como pelos diferentes objetivos pretendidos. Contudo, têm impulsionado a coordenação e a cooperação internacional por forma a desenhar estratégias de alcance global. Apesar dos diferentes pesos atribuídos aos enquadramentos institucionais da ONU e da NATO, as estratégias destas organizações são essencialmente defensivas e reativas, o que as coloca num plano de apoio. Ambas têm feito esforços coletivos, a fim de encontrar propostas convergentes e/ou coordenadas na luta contra o terrorismo internacional, que nos dois contextos, incluem os dois estudos de caso - os EUA e a UE. A influência destas organizações é confirmada com a adoção e implementação das leis internacionais nos respetivos sistemas nacionais. Assim sendo, as decisões ficam a cargo dos Estados-Membros, que na maioria das vezes têm propostas divergentes. O que é facto é que apesar de existirem políticas mais similares entre estados, a nível global as respostas contraterroristas são bastante divergentes, não existindo uma única resposta coordenada ao problema.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-10-09
2019-02-12
2019-02-12T00:00:00Z
2021-02-12T01:30:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10362/65407
TID:202173712
url http://hdl.handle.net/10362/65407
identifier_str_mv TID:202173712
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137964478955520