Eleições de segunda ordem em Portugal: o caso das europeias de 2004

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes,Filipe
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732005000500002
Resumo: Neste artigo, as eleições europeias de 2004 são analisadas à luz da teoria das eleições de segunda ordem. De acordo com este modelo, é expectável que este tipo de eleições seja marcado por taxas mais elevadas de abstenção e por melhores performances eleitorais por parte dos médios e pequenos partidos. De facto, as eleições europeias continuam a destacar-se pela baixa participação eleitoral. A performance dos pequenos partidos em eleições europeias é que parece estar a ser afectada pela progressiva bipartidarização registada nas restantes eleições. Confirmou-se igualmente que as eleições europeias funcionam como uma espécie de referendo ao governo. A meio do mandato, numa conjuntura desfavorável, os partidos que suportam o governo foram claramente penalizados. De resto, nas eleições europeias de 2004, o que mais condicionou os resultados, para além do autoposicionamento ideológico, foi a avaliação que os eleitores faziam da acção do governo e da situação económica. As clivagens sociais tradicionais ajudam pouco a perceber o sentido de voto nas europeias. A participação eleitoral, por seu turno, surge fortemente associada à idade e ao interesse pela política, não se podendo concluir que, nas eleições europeias, a abstenção esteja associada a atitudes negativas face à União Europeia ou à oferta partidária.
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