Covid-19 & Corporate purpose
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/38370 |
Resumo: | A pandemia que continua a assolar o mundo marcará as mais diversas valências da vida, não ficando a isso imune a realidade corporativa. Reconhecendo a fragilidade de práticas do passado e a desadequação de uma visão a considerar unicamente os interesses dos shareholders, reaviva-se a vexatio quaestio de saber qual será a melhor forma de conduzir e orientar a corporate governance. Ainda não plenamente refeitos da grave crise económica, financeira e social de 2008, a COVID-19 veio reavivar a discussão sobre o fim último e primacial das empresas. Os dados hoje ao dispor permitem afirmar categoricamente que as práticas tidas como válidas no passado, alicerçadas nos modelos e pressupostos capitalistas de meados do século XX, já não se coadunam com o ecossistema da empresa, que é mais rico e alargado, nem com as exigências dos próprios stakeholders. Impera, portanto, realizar uma nova abordagem, mais adequada, à empresa de hoje, por forma a garantir e assegurar a sua vitalidade e prosperidade. Atentos a esta luta darwiniana pela sobrevivência e sustentabilidade das empresas, os Estados Unidos da América e o Reino Unido, mas também Portugal, procuram empreender reformas para virar a página. Nos últimos anos, esta tem sido uma temática cada vez mais presente, não só no plano político, como também no empresarial, estando tal facto bem patente na velocidade vertiginosa a que nos têm chegado vários casos de sucesso. Contudo, com pertinência, se questiona se todos estão atentos de igual modo a este início de jornada, que se afigura longa e inevitável. Apesar de não ser uma discussão hermética, várias são as perspetivas sobre os conceitos nucleares, o que, por vezes, condiciona a própria discussão. Pelo exposto, o primeiro momento visará explanar os conceitos fulcrais. De seguida, colocando em evidência os estudos e posições de diferentes autores, contrapõem- -se os interesses dos stakeholders com os dos shareholders, desmistificando o dogma de que o enfoque nos primeiros seja verdadeiramente ruinoso para os interesses dos segundos. A doutrina e a própria realidade dos factos, como melhor se verá, demonstram que, através de práticas sustentáveis, a consideração dos interesses dos stakeholders se traduz em benefício para os próprios shareholders, sendo a pandemia que ainda nos assola um veículo privilegiado para operar esta mudança de mentalidades e de foco no seio da empresa. |
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