Ineco frontal screening (IFS): sensibilidade e avaliação breve das funções executivas na doença de parkinson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Isabel dos Santos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/84
http://hdl.handle.net/20.500.11816/84
Resumo: A Doença de Parkinson (DP), é uma doença neurodegenerativa crónica caracterizada por transtornos motores, incluindo a bradicinesia, a rigidez em roda dentada, e o tremor de repouso. Actualmente, sabe-se que para além destas manifestações, os doentes apresentam alterações cognitivas que incluem défices atencionais, de concentração, de resolução de problemas e de memória de trabalho. Tal facto, é o reflexo da disfunção existente nos circuitos dopaminérgicos, nas regiões frontais do cérebro. Muitos autores, defendem que a maioria dos doentes de Parkinson, apresentam défices executivos associados a outras alterações cognitivas, considerando ser a alteração característica da doença. Deste modo, e considerando que a maioria dos testes utilizados com estes doentes, são instrumentos desenhados para a Doença de Alzheimer, achou-se pertinente adaptar o INECO – Frontal Screening (IFS) à doença de Parkinson. Este teste foi criado por Torralva, Roca, Gleichgerrcht, López e Manes, em 2009, com o objectivo de avaliar as funções executivas em doentes com demência, no qual mostrou ter uma grande sensibilidade. O objectivo fundamental deste estudo, é verificar se este instrumento é sensível na detecção de défices executivos, em doentes com Parkinson quando comparado com indivíduos normais. O Mini Mental State Examination (MMSE), foi utilizado com o fim de comparar qual dos dois é mais sensível, na detecção de deterioração cognitiva. Foi utilizado um grupo de doentes com diagnóstico de Parkinson (n=10), e um grupo de indivíduos saudáveis (n=10) para amostra. Estatisticamente, os doentes com DP (M= 12,20 e Dp= 3,736) apresentam resultados estatisticamente inferiores (t= - 2,682; gl= 18, e p= 0, 015), aos do grupo de controlo (M= 17,10 e Dp= 4,408), no IFS. Este instrumento, evidenciou ter mais sensibilidade doença (a.s.c = 0.795; P.C= 12 pontos; sensibilidade = 80%; especificidade = 70%) na avaliação das funções executivas nos DP, quando comparado com o MMSE. Logo, podemos concluir que o IFS é um teste de screening de fácil e curta aplicação, com grandes níveis de sensibilidade na detecção de deficits executivos, em doentes com DP. Este instrumento pode mostrar-se útil para o diagnóstico de DP.
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