Uso da metabolómica como ferramenta de diagnóstico na doença de Parkinson

• Autor(a) principal: Zavera, Nicolae Bogdan
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12964
• topic: Biomarcador; Doença de Parkinson; Espetrometria de Massa; Fluidos Biológicos; Metabolómica; Ressonância Magnética Nuclear; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas

Esta dissertação está organizada em dois capítulos, que incidirão sobre dois temas distintos: o primeiro tema, presente no primeiro capítulo, consiste num trabalho de revisão bibliográfica sobre a doença de Parkinson e diferentes técnicas, sob investigação, para o diagnóstico e melhor compreensão da patofisiologia desta doença, com destaque para a metabolómica; o segundo tema aborda a experiência profissionalizante na Farmácia Comunitária. Relativamente ao primeiro capítulo, foi feita uma revisão de literatura sobre a metabolómica e o seu potencial para aprofundar o conhecimento e auxiliar no diagnóstico da doença de Parkinson. Esta é uma patologia crónica e neurodegenerativa progressiva, associada ao envelhecimento, que se caracteriza pela degeneração dos neurónios dopaminérgicos na substantia nigra pars compacta. O diagnóstico desta doença é feito com base nos sinais e sintomas motores que o indivíduo apresenta e que são característicos da doença de Parkinson: tremor em repouso, bradicinesia, rigidez muscular e também a instabilidade postural. Também é possível avaliar os sintomas não motores, que aparecem numa fase mais precoce da doença; no entanto estes poderão estar presentes noutras patologias e o seu uso, em exclusivo, dificultaria o diagnóstico da doença de Parkinson. Os sintomas motores da doença manifestam-se quando esta já está instalada e grande parte dos neurónios dopaminérgicos da substantia nigra pars compacta já degeneraram. Assim, o diagnóstico clínico da doença acontece numa fase considerada tardia sem ter sido possível impedir ou retardar a progressão da doença com algum tipo de terapias neuroprotetoras. Utilizando as técnicas de Ressonância Magnética Nuclear e a espetrometria de massa, vários estudos têm sido feitos em amostras biológicas, como o sangue, o líquido cefalorraquidiano e a urina, a fim de encontrar um biomarcador específico da doença de Parkinson ou um perfil metabolómico característico que possa auxiliar no diagnóstico desta patologia. Estas abordagens têmse mostrado promissoras e poderão, no futuro, ser de grande utilidade na deteção precoce e terapia desta doença. No segundo capítulo será abordado o segundo tema, que corresponde ao relato da experiência adquirida no estágio em farmácia comunitária, feito na Farmácia Rodrigues dos Santos, em Castelo Branco, desde o dia 1 de março de 2021 até ao dia 9 de julho de 2021, sob orientação da Farmacêutica Sónia Martins. A farmácia comunitária é um estabelecimento aberto ao público e primeiro local onde as pessoas recorrem quando existe alguma questão de saúde, podendo ser constituída por vários profissionais, incluindo os farmacêuticos. O farmacêutico é um profissional de saúde, que tem como função a promoção da saúde, a transmissão de informação relacionada à saúde e fundamental aos utentes, e por fim, o uso racional do medicamento. Assim, não só será relatada a experiência adquirida no estágio em farmácia comunitária, mas também a sua organização e modo de funcionamento, bem como a importância dos farmacêuticos para o bom funcionamento da farmácia comunitária e satisfação dos utentes.