Fatores inerentes à realização de trabalhos científicos no ACeS de Gondomar: estudo transversal
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732016000500004 |
Resumo: | Objetivos: A investigação é essencial à afirmação e ao desenvolvimento da medicina geral e familiar (MGF) como disciplina científica. Em Portugal têm sido reconhecidas dificuldades à investigação ao nível dos cuidados de saúde primários (CSP). Pretende-se, com o presente estudo, quantificar a produção científica desenvolvida pelos médicos num agrupamento de centro de saúde (ACeS), bem como identificar os fatores inerentes e motivações para a sua realização. Tipo de estudo: Estudo descritivo, transversal. Local: ACeS de Gondomar. População: Médicos de família e internos de formação específica de MGF. Métodos: Foi realizado um censo de um total de 133 médicos incluídos no estudo, a quem foi entregue um questionário elaborado pelos autores para o efeito. As principais variáveis estudadas foram o número, tipo e forma de divulgação dos trabalhos realizados pelos participantes durante um período de dois anos, bem como a satisfação dos participantes com o número de trabalhos realizados. Foi ainda recolhida informação relativa aos fatores que motivaram a realização dos trabalhos. Resultados: De um total de 79 questionários obtidos (taxa de resposta global de 59,4%), foram reportados 212 trabalhos científicos (média de 2,7 trabalhos por médico), sendo que os internos apresentaram um número médio de trabalhos superior ao dos especialistas (6 e 1,9, respetivamente) e 46,8% dos médicos não realizaram qualquer trabalho. A maioria dos participantes (57%) considerou que o número de trabalhos realizado pelo próprio não foi adequado, sendo que as razões apontadas para tal foram sobretudo a falta de tempo e de horário dedicado à investigação. Conclusão: A dinâmica da especialidade de MGF está em evolução, assim como os CSP. Há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito às condições de formação das unidades de saúde, assim como incentivos à realização de investigação de qualidade. |
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