Editorial da RSPA Vol 21 N 5, 2012
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25751/rspa.8866 |
Resumo: | As estratégias de conservação de sangue no perioperatório são uma vertente fundamental para uma eficiente gestão de um banco de sangue de qualquer unidade hospitalar. Esta realidade é reconhecida pela Direção Europeia da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde que emana regularmente “Recomendações” para a administração de sangue e seus derivados1. Esta gestão visa a aplicação oportuna dos conceitos baseados na medicina da evidência e práticas cirúrgicas para a manutenção de concentrações de hemoglobina, optimização da hemostase e minimizara as perdas hemorrágicas num esforço para a melhoria do prognóstico do doente2. A maioria destes procedimentos está focada no pré e intraoperatório. O artigo de revisão “Recuperação pós-operatória de sangue como alternativa à transfusão homóloga na artroplastia total do joelho e na artroplastia total da anca” aborda as diferentes estratégias de “poupança” de sangue dedicando atenção particular aos dispositivos para o pós-operatório e na cirurgia ortopédica protésica. A miastenia gravis é um assunto recorrente em revistas da nossa especialidade. O caso clínico descrito tem a singularidade de esta patologia ter sido considerada consequente após infeção por vírus H1N1. A publicação de documentos de memória relativos à nossa especialidade tem merecido uma atenção especial por parte de um grupo de colegas preocupado com a preservação destes registos fundamentais para a compreensão da génese e desenvolvimento da Anestesiologia portuguesa. A edição do livro “História da Anestesiologia Portuguesa” (2008, edição da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia-SPA) da autoria do Professor Jorge Tavares e de outras publicações (Eusébio Lopes Soares, Figueiredo Lima, António Mesquita, Neves da Costa entre outros) têm mantido perene este registo. A Revista da SPA (e outras publicações como a Revista do CAR) tem contribuído de forma não sistemática para este desiderato (exemplos: O Serviço de Anestesiologia no Hospital da Marinha; O Doutor Francisco Luíz Gomez – nota bibliográfica. Revista SPA 2009. Vol 18; 3: 27-34). O presente número da Revista da SPA inicia uma secção regular sobre esta temática. A iniciativa e coordenação deste projeto é do Professor Jorge Tavares e será designado por “Histórias da História da Anestesiologia Portuguesa”. Este número encerra o ano de 2012. Em nome da equipa responsável pela Revista da SPA queria agradecer aos autores que enviaram os seus trabalhos a confiança depositada nesta publicação. O esforço de revisão colocado nos textos teve como objetivo a melhoria dos mesmos. Alguns dos textos enviados para submissão foram recusados por razões diversas. No entanto, elogiamos igualmente o esforço destes colegas e esperamos que mantenham o seu contributo e empenho de publicação na Revista. A redação de textos científicos e sua revisão é um trabalho voluntário, consumidor de tempo e exigente – o meu reconhecimento aos revisores como elementos fundamentais na construção científica da publicação. Por fim, e com igual ou maior importância, os leitores da Revista. Esperamos ter contribuído para aproximar e fazer chegar a todos algum do trabalho científico produzido em Portugal. O ano de 2012 foi também fértil em questões intimamente relacionadas com o futuro da nossa especialidade – o polémico Estudo para a Carta Hospitalar da ERS e a proposta de criação da especialidade primária de Medicina Intensiva. Foi nossa preocupação, neste contexto, fazer chegar aos colegas uma informação atualizada e as opiniões de colegas com responsabilidades institucionais relativamente a estes problemas que exigem uma resposta adequada e mobilizadora. Os meus melhores cumprimentos, 1. http://www.edqm.eu/en/edqm-homepage-628.html 2. http://www.sabm.org. Acedido a 29-11-2012. |
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