Editorial da RSPA Vol 21 N 4, 2012

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, António Augusto
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.8859
Resumo: A presente revista pretende ser uma reflexão sobre o futuro da especialidade tal como ela está definida pela União Europeia dos Médicos Especialistas (UEMS) / Secção de Anestesiologia (EBA) e a controvérsia gerada pela proposta de criação da especialidade médica primária de Medicina Intensiva. As opiniões expressas nos editoriais e artigos de opinião sobre este assunto apontam, sumariamente, para sérias limitações desta estratégia como: Comprometimento do conceito essencial da multidisciplinaridade da Medicina Intensiva A competência isolada nesta área limita as saídas profissionais e releva o problema do burnout do profissional de saúde Profissional com menor treino clínico com entrada ab initio numa área considerada complexa e abrangente A importação de conceitos sem a evidência clínica comprovada ou mesmo contrários a tal desiderato. Neste contexto, torna-se igualmente importante a análise crítica sobre as Diretrizes e Currículo da UEMS/EBA, publicadas em 2011, produzida pelo colega membro do Colégio da especialidade que colaborou na elaboração destas orientações – Professor Joaquim Viana.   (espaço separador)   A publicação de dois textos elaborados e anunciados durante as comemorações do Dia Mundial da Anestesiologia – 16 de Outubro – na cidade de Coimbra revestem-se de particular relevância para a nossa especialidade. A Declaração de Coimbra e a Carta da Anestesiologia e Direitos do Cidadão são dois documentos complementares e fruto de uma reflexão sobre o posicionamento da nossa especialidade dentro da comunidade médica e na sua relação com a sociedade civil. A ambiguidade vivida nas instituições de saúde, no momento atual, releva a importância de documentos que recentrem as especificações e complementaridades da Anestesiologia como especialidade médica transversal numa unidade de saúde. As áreas em que os anestesiologistas são peritos e reconhecidos dentro da UEMS – Medicina Perioperatória, Medicina Intensiva, Medicina de Emergência e Medicina da Dor - constituem a expressão e os pilares da especialidade. A instituição e promoção do Dia Mundial da Anestesiologia é uma forma mediática de chegar a públicos mais alargados, mas o trabalho continuado nas diferentes áreas em que ela é perita será fundamental para aumentar sua visibilidade.
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