Auto-regulação das emoções no adolescente com comportamentos autolesivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosado, Ana Isabel Balixa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/44564
Resumo: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os Comportamentos Autolesivos na adolescência são um problema de saúde pública e vão ao encontro da sua prevalência na sintomatologia suicidária. Devido ao seu crescimento na última década, requerem compreensão e acompanhamento na sua interação biopsicossocial, relacional e familiar. Os Comportamentos Autolesivos podem estar associados a estratégias adotadas pelos adolescentes para regular as emoções, sendo a adolescência uma fase ambivalente, que é marcada por profundas alterações e desafios, a instabilidade emocional pode ser vivenciada como um período de crise que origina a adoção de comportamentos agressivos, impulsivos ou mesmo suicidas. Devido à diversidade e complexidade deste tipo de comportamento é importante compreender as causas, os fenómenos e as emoções que os originam, com vista a diminuir os seus efeitos colaterais e a maximizar o potencial do processo de recovery. É pouco provável que uma única abordagem terapêutica seja eficaz, pelo que terá de haver flexibilidade, versatilidade e criatividade para gerir as emoções que daí advêm. Este relatório tem como objetivo compreender de que forma a auto-regulação emocional pode influenciar os Comportamentos Autolesivos e reporta um conjunto de propostas de intervenção em adolescentes que podem potenciar sentimentos positivos de Regulação Emocional, em contexto Comunitário e Hospitalar. Assim sendo, foram desenvolvidas, em grupo e individualmente, técnicas de intervenção com recurso a diferentes mediadores expressivos, os quais se revelaram importantes no processo de auto-regulação emocional. No contexto Comunitário foi ainda elaborado um breve estudo empírico quantitativo que incluiu a aplicação da Escala de Dificuldade de Regulação Emocional Adaptada-Versão Adolescentes (EDRE-VA), cujos resultados mostram que a maioria dos adolescentes não apresenta estratégias de Regulação Emocional. A pertinência em intervir enquanto Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria é evidente. O recurso às diferentes técnicas de intervenção expressivas transformou-se numa opção com resultados que promoveram nos adolescentes maior interação social, facilidade para exprimir emoções e sentimentos, autonomia, individualidade e aquisição de competências de auto-regulação.
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Devido à diversidade e complexidade deste tipo de comportamento é importante compreender as causas, os fenómenos e as emoções que os originam, com vista a diminuir os seus efeitos colaterais e a maximizar o potencial do processo de recovery. É pouco provável que uma única abordagem terapêutica seja eficaz, pelo que terá de haver flexibilidade, versatilidade e criatividade para gerir as emoções que daí advêm. Este relatório tem como objetivo compreender de que forma a auto-regulação emocional pode influenciar os Comportamentos Autolesivos e reporta um conjunto de propostas de intervenção em adolescentes que podem potenciar sentimentos positivos de Regulação Emocional, em contexto Comunitário e Hospitalar. Assim sendo, foram desenvolvidas, em grupo e individualmente, técnicas de intervenção com recurso a diferentes mediadores expressivos, os quais se revelaram importantes no processo de auto-regulação emocional. No contexto Comunitário foi ainda elaborado um breve estudo empírico quantitativo que incluiu a aplicação da Escala de Dificuldade de Regulação Emocional Adaptada-Versão Adolescentes (EDRE-VA), cujos resultados mostram que a maioria dos adolescentes não apresenta estratégias de Regulação Emocional. A pertinência em intervir enquanto Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria é evidente. O recurso às diferentes técnicas de intervenção expressivas transformou-se numa opção com resultados que promoveram nos adolescentes maior interação social, facilidade para exprimir emoções e sentimentos, autonomia, individualidade e aquisição de competências de auto-regulação.According to the World Health Organization, Self-injurious behaviors in adolescence are a public health issue and are in line with their prevalence in suicidal symptoms. Due to their growth in the last decade, they demand understanding and monitoring in their biopsychosocial, relational and family interactions. Self-injurious behaviors may be associated with strategies adopted by adolescents to regulate emotions, with adolescence being an ambivalent phase, which is marked by profound changes and challenges, emotional instability can be experienced as a crisis period originating the adoption of aggressive, impulsive or even suicidal behaviors. Due to the diversity and complexity of self-injurious behaviors it is important to understand the causes, phenomena and emotions that originate them, in order to reduce their collateral effects and maximize the recovery process potential. It is unlikely that a single therapeutic approach will be effective, meaning that, flexibility, versatility and creativity will be needed to manage the arising emotions. This report aims to understand how emotional self-regulation can influence Self-Injurious Behaviors and reports a set of intervention proposals in adolescents that can enhance positive feelings of Emotional Regulation, in a Community and Hospital context. Therefore, intervention techniques were developed, both in groups and individually, using different expressive mediators, which proved to be important in the emotional self-regulation process. In the Community context, a brief quantitative empirical study was also carried out, which included the application of the Adapted Emotional Regulation Difficulty Scale-Adolescents Version (EDRE-VA), whose results show that most adolescents do not have Emotional Regulation strategies. The relevance of intervening as a Specialist Nurse in Mental Health and Psychiatry is evident. The use of different expressive intervention techniques has become an option with results that have promoted greater social interaction in adolescents, ease of expressing emotions and feelings, autonomy, individuality and the acquisition of self-regulation skills.Nabais, Luis de OliveiraRepositório ComumRosado, Ana Isabel Balixa2023-04-17T15:15:31Z20222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/44564TID:203247850porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-04-20T07:15:22Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/44564Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:49:49.156836Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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