A ausência de repertório culturalmente próximo dos alunos na disciplina de Formação Musical do ensino especializado de música

• Autor(a) principal: Reis, João Gomes
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/18790
• topic: Formação musical; Ensino especializado de música; Música popular; Repertório; Music education; Popular music; Repertoire; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Educação

A democratização do ensino e a abertura da Escola a toda a população foi um passo dado no sentido do fim da exclusão de crianças e jovens, reconhecendo, assim, o seu direito à educação. No entanto, este processo enfrenta diferentes desafios, nomeadamente a difícil adaptação de muitos alunos à cultura escolar que, até então, lhes era desconhecida e que não considera a sua herança cultural ou as vivências individuais como conhecimento válido. É possível reconhecer que o ensino artístico especializado de música apresenta, por vezes, dinâmicas semelhantes. Em Portugal, por exemplo, o ensino de música é fortemente marcado pela tradição musical ocidental, abstendo-se de incluir qualquer outro tipo de repertório. O presente relatório de estágio encontra-se dividido em 3 capítulos. No primeiro capítulo, descrevemos a evolução do ensino artístico especializado de música desde 1983 até 2018 e efetuamos uma breve análise da evolução da disciplina de Formação Musical, da sua criação, no século XIX, até ao presente. No segundo capítulo escrevemos um relato e uma abordagem crítica pormenorizada, daquilo que foi a nossa prática de ensino supervisionada, no âmbito do Mestrado em Ensino de Música – Ramo Formação Musical (ESE/ESMAE - PP), tendo em mente a problemática abordada no terceiro capítulo: a ausência de repertório culturalmente próximo ou do gosto dos alunos, na disciplina de Formação Musical do Ensino Especializado de Música. Procuramos trazer para o debate educativo o reconhecimento da individualidade de cada estudante, no contexto escolar, e em particular no ensino de música. Defendemos, assim, um currículo, que seja consciente da dimensão cultural dos processos educativos e que potencie um repertório em que evidencia e valoriza as realidades pluriculturais associada às sociedades contemporâneas.