Estética ou algo mais? O Neofolk como veículo de divulgação de ideário de extrema-direita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-30302021000300141 |
Resumo: | Resumo A música popular tem sido utilizada como meio para a mobilização política. São disso exemplo o folk americano, a chanson française ou a música de intervenção portuguesa dos anos 1960 e 1970 e as suas mensagens anti-guerra. O punk, hip-hop, rap ou Riot Grrrls, em décadas mais recentes, procuram também despertar consciências para questões raciais, de desigualdade de género ou de opressão patriarcal. Menos atenção tem sido dada à utilização da música pela extrema-direita como forma de promoção das suas ideias. O Neofolk tem sido apontado como um dos meios para divulgar ideologia desta índole, devendo-se muita dessa associação à estética usada por algumas bandas. O presente artigo visa clarificar se o recurso à simbologia e indumentária nazifascista por parte destes grupos é apenas uma questão estética ou algo mais. Com base na análise documental e metodologia netnográfica analisam-se entrevistas, vídeos de atuações ao vivo, músicas e álbuns de algumas das bandas que mais vezes são acusadas de procurarem esconder uma agenda política por detrás dos seus projetos musicais. Dá-se especial atenção às caixas de comentários relativos aos vídeos analisados, no sentido de perceber qual a perceção dos fãs perante a estética utilizada. A análise permite concluir que se verifica um certo pânico moral em torno das ligações do Neofolk à extrema-direita, embora seja possível concluir que alguns dos projetos analisados tendem, de facto, a fazer com que os fãs percecionem que se estão a defender ideias fascistas, como sucede no caso do marcial industrial, um dos subgrupos do industrial. |
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