Alergia a Proteínas do Leite de Vaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: H. C., Mota
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: J. A., Pinheiro, A.A., Aguilar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5462
Resumo: Objectivo: Avaliar o papel da ingestão precoce de proteínas do leite de vaca (PLV), via biberons na maternidade (BibMat), na etiologia da alergia às PLV (APLV). Material: Foram analisados os processos de 130 crianças a quem foi diagnosticada APLV, por provas de provocação no Hospital Pediátrico (HP) de 1987 a 1993 e ali seguidas. Resultados: Dos 124 lactentes que mamaram, só 11% não tomaram biberons nos primeiros 3 dias devida, valor significativamente diferente do que ocorreu em RN normais, onde 27-67% dos RN que mamaram, tomaram 1 a 3 biberons nos críticos primeiros dias de vida.No desmame, os sinais de APLV surgiram mais precocemente nos lactentes que tiveram BibMat — (média de 3.3 vs 12.2 dias), uma diferença estatisticamente significativa.Na provocação, 80% destas crianças manifestaram sinais em menos de 60 m após a provocação. Nos casos em que a resposta clínica se manifestou 30 minutos após a provocação, as «cutis» com PLV foram positivas em 84.4% contra 36.4% quando aquela excedeu 1 hora (p=0.005).Mais de metade das nossas crianças que já adquiriram tolerância, fizeram-no antes dos 12 M e a grande maioria (81%), antes dos 2A. Não se provou o eventual papel adjuvante da sensibilização pela vacina tripla concomitante com a primeira ingesta de PLV. Conclusões: Estes dados sugerem que o BibMat induz APLV do tipo mediato, transitória na maioria dos casos. As normas de alimentação dos RN nas Maternidades devem ser revistas.
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