Educar para a morte e a promoção da saúde mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/10920 |
Resumo: | Quando tratamos a morte, referimo-nos a um facto irrefutável: todos os seres vivos morrem, inclusive os seres humanos – morrem, porque são seres vivos e morrem, porque são sistemas irreversíveis. A morte faz, assim, parte do desenvolvimento humano, acompanhando-nos desde o nascimento até ao final da vida. Pela revisão da literatura, verificámos que existem estudos sobre a forma como as crianças elaboram o conceito de morte relacionando-o com múltiplas variáveis: sexo, idade, desenvolvimento cognitivo, religião, experiências prévias, discussão do constructo “morte” na família, mas não evidenciam as percepções das crianças sobre a morte e o morrer. O estudo decorreu durante os meses de Fevereiro/Março de 2009. Tem como objectivos identificar e descrever as percepções sobre a morte em crianças dos 8-11 anos. É um estudo exploratório e descritivo, tendo sido aplicada uma entrevista semi-estruturada. A amostra é constituída por 42 crianças, com idades compreendidas entre os 8 e 11 anos a frequentar o 3ºe 4ºanos do 1º ciclo. Os dados foram objecto de análise de conteúdo. Emergem do discurso das crianças três categorias: significado simbólico da morte, emoções e sentimentos e apreciação da morte. Concluímos, que as crianças estudadas sentem-se pouco confortáveis a falar sobre o tema e que este necessitará de ser discutido no meio familiar e escolar, pois consideramos que falar com as crianças sobre a morte poderá ser importante para a sua (re)integração na vida. |
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