Biodegradação anaeróbica do bagaço de azeitona
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2767 |
Resumo: | As tecnologias aplicadas ao tratamento de resíduos têm actualmente como objectivo fundamental, não só a produção de água limpa para a reutilização e reciclagem, como também a recuperação de produtos químicos (nutrientes, celulose, polihidroxialcanoatos, entre outros compostos), a par da valorização energética dos poluentes, factores que constituem a força motriz subjacente à obtenção de um ecossistema sustentável. Considerando que nos anos vindouros serão geradas elevadas quantidades de resíduos agrícolas, devido a um aumento significativo do consumo nos países em desenvolvimento, a recuperação bioenergética e de subprodutos deste sector de actividade são de primordial importância. Neste contexto, estudou-se a produção de metano a partir do bagaço húmido e seco de azeitona, resíduos sólidos gerados durante o processo com extracção contínua de três fases de produção de azeite. A fim de se obter uma melhor compreensão dos processos envolvidos na degradação de lignina, um resíduo lenhocelulósico, efectuou-se a degradação termofílica anaeróbia de aldeídos fenólicos, seringaldeido e o-vanilina (monómeros de lignina), numa primeira fase do trabalho experimental. Os resultados indicam que ambos os compostos são passíveis de degradação anaeróbia. A presença de co-subtratos favorece claramente o processo de metabolização, embora o tempo de reacção necessário à degradação da o-vanilina seja cerca de 3 vezes superior ao obtido na degradação de igual quantidade de seringaldeido. A digestão anaeróbia mesofílica do bagaço de azeitona mostra que o bagaço húmido apresenta um maior potencial de biogás (cerca de 93 ml/g) do que o obtido para o bagaço seco (11-13 ml/g), num período de tempo inferior (cerca de três vezes mais curto). Além disso, o potencial de produção de biogás do bagaço de azeitona húmido é maior (93,5 mL biogas/gVSS.d) do que o obtido para o bagaço de uva (43-65 mL biogas/gVSS.d) e dreche cervejeira (19-36 mL biogas/gVSS.d) em condições teste semelhantes (Oliveira, 2011; Tomé, 2009). Estes resultados sugerem que a biometanação do bagaço húmido é uma tecnologia promissora, pois além de converter os poluentes orgânicos em biodiesel com elevada eficiência, contribui ainda quer para a diminuição dos custos associados ao tratamento clássico de águas ruças, quer ao consumo de água fresca. |
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