A Rainha Njinga no diálogo sul-atlântico: género, raça e identidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/29823 |
Resumo: | Este artigo propõe uma releitura das representações da rainha Njinga de Angola (1582-1663) à luz de estudos feministas africanos e latino-americanos. A imagem da rainha criada nas crónicas do século xvii (sobretudo Cavazzi) e o debate historiográfico sobre a legitimidade do seu trono e a sua identidade de género são confrontados com estudos feministas que tencionam deslegitimar as categorias ocidentais “género” e “raça” no contexto africano. Analisam-se a seguir dois romances históricos escritos a partir da perspetiva brasileira, O trono da Rainha Jinga (1999), de Alberto Mussa, e A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014), de José Eduardo Agualusa, questionando se oferecem leituras inovadoras relativamente às categorias “género” e “raça”. This article proposes a rereading of the representations of Queen Njinga of Angola (1582-1663) in the light of African and Latin American feminist studies. The Queen’s image created in the chronicles of the 17th century (especially Cavazzi) and the historiographical debate about the legitimacy of her throne and her gender identity are confronted with feminist studies, which intend to delegitimize the Western categories of gender and race in the African context. Finally, two historical novels written from the Brazilian perspective are analyzed, O trono da Rainha Jinga (1999) by Alberto Mussa, and A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014) by José Eduardo Agualusa, questioning whether they offer innovative readings for the categories of gender and race. |
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