Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.48560/rspo.6188 |
Resumo: | Introdução: A osteopetrose infantil é uma doença do metabolismo ósseo com consequências graves na função visual. Os dois mecanismos descritos, que explicam a perda de visão, são a atrofia do nervo óptico e alterações degenerativas retinianas. Dada a raridade da doença, os relatos na literatura oftalmológica são muito infrequentes. O nosso objectivo é descrever as alte- rações na função visual, verificadas numa criança diagnosticada com osteopetrose infantil aos 7 meses de idade e com follow-up de um ano após tratamento. Método: Relato de caso, correspondente a uma criança com osteopetrose infantil, diagnosticada aos 7 meses de idade, após biopsia medular e estudo radiográfico corporal completo. A avaliação da função visual, foi realizada na consulta de Oftalmologia Pediátrica, sendo o exame oftalmo- lógico complementado com potenciais evocados visuais (PEV), electroretinografia (ERG), eco- grafia e tomografia computorizada da órbita. O tratamento definitivo foi o transplante de medula óssea (TMO), realizado aos 15 meses de idade. Resultados: O exame oftalmológico e o estudo electrofisiológico identificaram um défice mar- cado da função visual, que se manteve inalterado um ano após TMO, clinicamente bem sucedi- do. A ecografia orbitária não identificou alterações do nervo óptico e a TC revelou canais ópticos patentes, 8 meses após o TMO. Conclusão: Concluímos que neste caso a perda visual se deveu à atrofia do nervo óptico asso- ciada a marcada disfunção dos fotorreceptores. O mecanismo das alterações retinianas não é conhecido, mas este caso revela que ocorrem de forma precoce e irreversível, não sendo neces- sariamente associada a formas neurodegenerativas da doença, uma vez que sistemicamente, a criança apresentou uma evolução favorável. |
id |
RCAP_8b8f907d427c0deeb90b985bcfdb56ae |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/6188 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose InfantilArtigos OriginaisIntrodução: A osteopetrose infantil é uma doença do metabolismo ósseo com consequências graves na função visual. Os dois mecanismos descritos, que explicam a perda de visão, são a atrofia do nervo óptico e alterações degenerativas retinianas. Dada a raridade da doença, os relatos na literatura oftalmológica são muito infrequentes. O nosso objectivo é descrever as alte- rações na função visual, verificadas numa criança diagnosticada com osteopetrose infantil aos 7 meses de idade e com follow-up de um ano após tratamento. Método: Relato de caso, correspondente a uma criança com osteopetrose infantil, diagnosticada aos 7 meses de idade, após biopsia medular e estudo radiográfico corporal completo. A avaliação da função visual, foi realizada na consulta de Oftalmologia Pediátrica, sendo o exame oftalmo- lógico complementado com potenciais evocados visuais (PEV), electroretinografia (ERG), eco- grafia e tomografia computorizada da órbita. O tratamento definitivo foi o transplante de medula óssea (TMO), realizado aos 15 meses de idade. Resultados: O exame oftalmológico e o estudo electrofisiológico identificaram um défice mar- cado da função visual, que se manteve inalterado um ano após TMO, clinicamente bem sucedi- do. A ecografia orbitária não identificou alterações do nervo óptico e a TC revelou canais ópticos patentes, 8 meses após o TMO. Conclusão: Concluímos que neste caso a perda visual se deveu à atrofia do nervo óptico asso- ciada a marcada disfunção dos fotorreceptores. O mecanismo das alterações retinianas não é conhecido, mas este caso revela que ocorrem de forma precoce e irreversível, não sendo neces- sariamente associada a formas neurodegenerativas da doença, uma vez que sistemicamente, a criança apresentou uma evolução favorável.Ajnet2014-11-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48560/rspo.6188por1646-69501646-6950Brito, PedroRocha-Sousa, AmândioMagalhães, AugustoBreda, JorgeFalcão-Reis, Fernandoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T17:05:48Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/6188Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:01:25.056612Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
title |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
spellingShingle |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil Brito, Pedro Artigos Originais |
title_short |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
title_full |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
title_fullStr |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
title_full_unstemmed |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
title_sort |
Caracterização do Défice Visual na Osteopetrose Infantil |
author |
Brito, Pedro |
author_facet |
Brito, Pedro Rocha-Sousa, Amândio Magalhães, Augusto Breda, Jorge Falcão-Reis, Fernando |
author_role |
author |
author2 |
Rocha-Sousa, Amândio Magalhães, Augusto Breda, Jorge Falcão-Reis, Fernando |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Brito, Pedro Rocha-Sousa, Amândio Magalhães, Augusto Breda, Jorge Falcão-Reis, Fernando |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos Originais |
topic |
Artigos Originais |
description |
Introdução: A osteopetrose infantil é uma doença do metabolismo ósseo com consequências graves na função visual. Os dois mecanismos descritos, que explicam a perda de visão, são a atrofia do nervo óptico e alterações degenerativas retinianas. Dada a raridade da doença, os relatos na literatura oftalmológica são muito infrequentes. O nosso objectivo é descrever as alte- rações na função visual, verificadas numa criança diagnosticada com osteopetrose infantil aos 7 meses de idade e com follow-up de um ano após tratamento. Método: Relato de caso, correspondente a uma criança com osteopetrose infantil, diagnosticada aos 7 meses de idade, após biopsia medular e estudo radiográfico corporal completo. A avaliação da função visual, foi realizada na consulta de Oftalmologia Pediátrica, sendo o exame oftalmo- lógico complementado com potenciais evocados visuais (PEV), electroretinografia (ERG), eco- grafia e tomografia computorizada da órbita. O tratamento definitivo foi o transplante de medula óssea (TMO), realizado aos 15 meses de idade. Resultados: O exame oftalmológico e o estudo electrofisiológico identificaram um défice mar- cado da função visual, que se manteve inalterado um ano após TMO, clinicamente bem sucedi- do. A ecografia orbitária não identificou alterações do nervo óptico e a TC revelou canais ópticos patentes, 8 meses após o TMO. Conclusão: Concluímos que neste caso a perda visual se deveu à atrofia do nervo óptico asso- ciada a marcada disfunção dos fotorreceptores. O mecanismo das alterações retinianas não é conhecido, mas este caso revela que ocorrem de forma precoce e irreversível, não sendo neces- sariamente associada a formas neurodegenerativas da doença, uma vez que sistemicamente, a criança apresentou uma evolução favorável. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-11-18T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.48560/rspo.6188 |
url |
https://doi.org/10.48560/rspo.6188 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1646-6950 1646-6950 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130479606104064 |