Encefalopatia neonatal equina: análise de 7 casos clínicos de encefalopatia neonatal equina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/9751 |
Resumo: | A Encefalopatia Neonatal Equina foi a doença escolhida para estudo durante o decorrer de quatro meses de estágio no Weems and Stephens Equine Hospital e dois meses de estágio no San Luis Rey Equine Hospital e Trifecta Equine Athletic Center (ambos localizados nos EUA), para análise no presente estudo. É uma doença comum em neonatos equinos que afeta principalmente o SNC e é observada entre as primeiras 24h a 72h de vida pós-parto, associada a uma vasta terminologia, nomeadamente ‘Hypoxic-Ischemic’, ‘Encephalopathy’ e ‘Neonatal Maladjustment Syndrome’, onde vulgarmente os poldros que sofrem da doença são designados como ‘Dummy foals’. Os dados relativos aos neonatos equinos selecionados foram recolhidos presencialmente no decorrer do estágio com base num protocolo de receção de poldros e com o consentimento dos proprietários. O diagnóstico foi realizado através da história clínica, observação dos sinais demonstrados pelos poldros, bem como realização de exames complementares. Os principais sinais clínicos incluiram estados de alerta depressivos, dificuldade em se colocarem em estação, dificuldade em se alimentarem, assim como perda ou diminuição do reflexo de sucção e dificuldade em encontrar o úbere da égua, perda do tónus lingual e convulsões. O tratamento realizado baseou-se numa terapêutica de suporte, correção de alterações clínicas através da administração de anti-inflamatórios e antibióticos de largo espetro, bem como terapêutica de suporte para alterações noutros sistemas, quando aplicável. Foi ainda realizada a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ a todos os poldros do estudo. Na generalidade, o prognóstico dos poldros era bom, com exceção de dois poldros onde se observou um prognóstico reservado a mau. Poldros que durante os primeiros cinco dias de vida apresentaram melhorias dos sinais clínicos e sem complicações secundárias associadas a quadros clínicos de septicémia, foi observado uma recuperação da doença. Ao contrário, os poldros que não responderam positivamente aos tratamentos, tiveram uma sobrevida entre cinco a sete dias. Associada ao tratamento, a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ demonstrou ter um papel importante ao nível da recuperação, tornando-a mais rápida. A ENE revelou ser uma doença bastante complexa e com necessidade de uma melhor investigação, uma vez que afeta o SNC e apresenta etiologias multifatoriais |
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Encefalopatia neonatal equina: análise de 7 casos clínicos de encefalopatia neonatal equinaMESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIAVETERINÁRIAMEDICINA VETERINÁRIAEQUÍDEOSCAVALOSNEONATOLOGIA VETERINÁRIAENCEFALOPATIASASFIXIA PERINATALHIPÓXIAISQUEMIAVETERINARY MEDICINEEQUIDSHORSESVETERINARY NEONATOLOGYBRAIN DISEASESPERINATAL ASPHYXIAHYPOXIAISCHEMIAA Encefalopatia Neonatal Equina foi a doença escolhida para estudo durante o decorrer de quatro meses de estágio no Weems and Stephens Equine Hospital e dois meses de estágio no San Luis Rey Equine Hospital e Trifecta Equine Athletic Center (ambos localizados nos EUA), para análise no presente estudo. É uma doença comum em neonatos equinos que afeta principalmente o SNC e é observada entre as primeiras 24h a 72h de vida pós-parto, associada a uma vasta terminologia, nomeadamente ‘Hypoxic-Ischemic’, ‘Encephalopathy’ e ‘Neonatal Maladjustment Syndrome’, onde vulgarmente os poldros que sofrem da doença são designados como ‘Dummy foals’. Os dados relativos aos neonatos equinos selecionados foram recolhidos presencialmente no decorrer do estágio com base num protocolo de receção de poldros e com o consentimento dos proprietários. O diagnóstico foi realizado através da história clínica, observação dos sinais demonstrados pelos poldros, bem como realização de exames complementares. Os principais sinais clínicos incluiram estados de alerta depressivos, dificuldade em se colocarem em estação, dificuldade em se alimentarem, assim como perda ou diminuição do reflexo de sucção e dificuldade em encontrar o úbere da égua, perda do tónus lingual e convulsões. O tratamento realizado baseou-se numa terapêutica de suporte, correção de alterações clínicas através da administração de anti-inflamatórios e antibióticos de largo espetro, bem como terapêutica de suporte para alterações noutros sistemas, quando aplicável. Foi ainda realizada a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ a todos os poldros do estudo. Na generalidade, o prognóstico dos poldros era bom, com exceção de dois poldros onde se observou um prognóstico reservado a mau. Poldros que durante os primeiros cinco dias de vida apresentaram melhorias dos sinais clínicos e sem complicações secundárias associadas a quadros clínicos de septicémia, foi observado uma recuperação da doença. Ao contrário, os poldros que não responderam positivamente aos tratamentos, tiveram uma sobrevida entre cinco a sete dias. Associada ao tratamento, a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ demonstrou ter um papel importante ao nível da recuperação, tornando-a mais rápida. A ENE revelou ser uma doença bastante complexa e com necessidade de uma melhor investigação, uma vez que afeta o SNC e apresenta etiologias multifatoriaisEquine Neonatal Encephalopathy was the disease chosen during the four-month internship at Weems and Stephens Equine Hospital and a two-month internship at the San Luis Rey Equine Hospital and Trifecta Equine Athletic Center (both located in the USA) for analysis in the present study. It is a common disease in equine neonates that mainly affects the CNS and is observed between the first 24 hours and 72 hours of postpartum life, associated with a wide range of terminology, namely ‘Hypoxic-Ischemic’, ‘Encephalopathy’ and ‘Neonatal Maladjustment Syndrome’ where commonly the foals suffering from the disease are designated as ‘Dummy foals’. Data on the selected equine neonates were collected in person during the externship on the basis of a protocol of receipt of foals and with the consent of the owners. The diagnosis was made through the clinical history, observation of the signs demonstrated by the foals, as well as accomplishment of complementary exams. The main clinical signs observed were depressive states of alertness, difficulty in getting up, difficulty in feeding, as well as loss or decrease of sucking reflex and difficulty in finding the udder of the mare, loss of lingual tonus and seizures. The treatment was based on supportive therapy, correction of clinical changes through the administration of anti-inflammatories and broad-spectrum antimicrobials, as well as supportive therapy for changes in other systems, when applicable. The "Madigan Foal Squeeze" technique was also carried out on all the foals of the study. In general, the prognosis of the foals was good, except for two foals where a reserved to poor prognosis was observed. Foals that during the first five days of life presented with improvement of the clinical signs and without secondary complications associated to clinical pictures of septicemia, a recovery of the disease was observed. On the contrary, the foals that did not respond positively to the treatments, had a survival between five and seven days. Associated with the treatment, the Madigan Foal Squeeze technique has proven to play an important role in the recovery, making it faster. ENE has been shown to be a very complex disease and in need of better investigation, since it affects the CNS and presents multifactorial etiologies.2019-08-30T15:35:14Z2019-01-01T00:00:00Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/9751TID:202278344porSantana, José Manuel Espírito Santoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:10:48Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/9751Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:28.981357Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Encefalopatia Neonatal Equina foi a doença escolhida para estudo durante o decorrer de quatro meses de estágio no Weems and Stephens Equine Hospital e dois meses de estágio no San Luis Rey Equine Hospital e Trifecta Equine Athletic Center (ambos localizados nos EUA), para análise no presente estudo. É uma doença comum em neonatos equinos que afeta principalmente o SNC e é observada entre as primeiras 24h a 72h de vida pós-parto, associada a uma vasta terminologia, nomeadamente ‘Hypoxic-Ischemic’, ‘Encephalopathy’ e ‘Neonatal Maladjustment Syndrome’, onde vulgarmente os poldros que sofrem da doença são designados como ‘Dummy foals’. Os dados relativos aos neonatos equinos selecionados foram recolhidos presencialmente no decorrer do estágio com base num protocolo de receção de poldros e com o consentimento dos proprietários. O diagnóstico foi realizado através da história clínica, observação dos sinais demonstrados pelos poldros, bem como realização de exames complementares. Os principais sinais clínicos incluiram estados de alerta depressivos, dificuldade em se colocarem em estação, dificuldade em se alimentarem, assim como perda ou diminuição do reflexo de sucção e dificuldade em encontrar o úbere da égua, perda do tónus lingual e convulsões. O tratamento realizado baseou-se numa terapêutica de suporte, correção de alterações clínicas através da administração de anti-inflamatórios e antibióticos de largo espetro, bem como terapêutica de suporte para alterações noutros sistemas, quando aplicável. Foi ainda realizada a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ a todos os poldros do estudo. Na generalidade, o prognóstico dos poldros era bom, com exceção de dois poldros onde se observou um prognóstico reservado a mau. Poldros que durante os primeiros cinco dias de vida apresentaram melhorias dos sinais clínicos e sem complicações secundárias associadas a quadros clínicos de septicémia, foi observado uma recuperação da doença. Ao contrário, os poldros que não responderam positivamente aos tratamentos, tiveram uma sobrevida entre cinco a sete dias. Associada ao tratamento, a técnica de ‘Madigan Foal Squeeze’ demonstrou ter um papel importante ao nível da recuperação, tornando-a mais rápida. A ENE revelou ser uma doença bastante complexa e com necessidade de uma melhor investigação, uma vez que afeta o SNC e apresenta etiologias multifatoriais |
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