A perceção da polarização política dos media em Portugal

• Autor(a) principal: Leal, Inês Alexandra de Albuquerque Quintão de Freitas
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/26742
• topic: Literacia mediática; Polarização política; Media; Modelo mediterrânico; Pluralismo político -- Political pluralism; Media literacy; Political polarization; Mediterranean media model

Com a expansão dos media e o aumento progressivo do seu consumo, resultante do desenvolvimento da democracia e da tardia liberdade de imprensa, importa perceber a relação entre a população portuguesa e os diferentes meios de comunicação e de que forma são percecionados. Adicionalmente, considerando o contexto político vivido em Portugal, parece-nos relevante estudar o entendimento dos portugueses relativamente à polarização política dos media ao nível nacional. O enquadramento conceptual que serve de ponto de partida ao estudo é o do modelo pluralista polarizado de Hallin e Mancini (2004), sendo relevante indagar da sua adequabilidade à perceção tida sobre a polarização política dos media em Portugal. O presente estudo pretende acrescentar conhecimento ao tema através da análise da perceção das representações da polarização política nacional nos media. Procurou-se cruzar estas perceções com as variáveis sociodemográficas distintivas de uma amostra não-probabilística. Recorreu-se à análise de conteúdo tipológica comparativa para analisar as entrevistas realizadas a 16 adultos, com diferentes idades e níveis de escolaridade, estabelecendo, quando possível, correlações enriquecedoras para futuros estudos dentro deste tema. A conclusão mais relevante retirada desta pesquisa é a de que a resposta à questão colocada inicialmente é incerta, uma vez que as perceções dos entrevistados se dividem entre a existência e a inexistência de polarização política nos media. Por outro lado, a análise não revelou correlações significativas entre as perceções e o perfil sociodemográfico dos participantes. Salientamos que nas entrevistas se identifica a existência de fenómenos de polarização política à direita, mas não à esquerda.