O lar de idosos como território social : lugares de espera ou mundo(s) de vida?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Juliana Marques
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/18364
Resumo: O progressivo envelhecimento demográfico é um dos fatores mais relevantes da sociedade contemporânea. Se por um lado, esta longevidade se traduz num notável progresso social, por outro, representa um desafio devido ao seu entendimento enquanto construção social. O facto da velhice já não ser considerada um assunto exclusivo da família, enfatiza a importância, na sociedade atual, das questões relacionadas com a institucionalização das pessoas idosas. Partindo do pressuposto de que embora a organização seja um produto de relações formais, de cariz normativo e regulamentador, esta é também uma realidade social constituída pela informalidade das interações sociais. Neste sentido, considerarmos importante conhecer o mundo social que os sujeitos ocupam e reconstroem, a partir dos espaços e interações sociais, tendo em conta as duas faces da realidade da vida no lar, a realidade construída pela lógica organizacional, que é imediatamente observável, representada por via dos documentos e fontes oficiais, e a dimensão informal, relacionada com dos processos sociais que são condicionados ou facilitados pelo funcionamento real da organização e pelo que não é imediatamente observável. Aferimos então que o quotidiano institucional é regido por rotinas e regras aplicadas hierarquicamente, e existe pouca possibilidade de o idoso tomar decisões ainda que estas lhe digam diretamente respeito. Consideramos, no entanto, que, a implicação dos idosos na gestão e planeamento das atividades do quotidiano institucional, contribui para o desenvolvimento de pertença e implicação no lar, sendo que o a integração dos residentes no lar deve sobretudo estimular as relações consistentes de troca com indivíduos que pertencem a diversos grupos, dentro e fora da instituição
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