Descolonizar o museu: exposição e mediação dos espólios africanos em museus europeus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.3110 |
Resumo: | Os primeiros museus surgiram na Europa, no contexto dos impérios coloniais e do pensamento hegemónico, assente nas teorias evolucionistas da época, tornando-se um instrumento ao serviço do poder dominante. O fim do colonialismo provocou uma rutura no modelo dos museus evolucionistas, trazendo para debate novas formas de interpretação, exposição e comunicação dos espólios provenientes de culturas não europeias. O objetivo deste artigo é analisar o fenómeno de descolonização do museu, partindo de uma análise diacrónica para abordar as questões relacionadas com a restituição dos objetos aos grupos culturais de origem e com a reformulação dos discursos museológicos, nomeadamente, através de projetos de curadoria partilhada. A investigação realizada é qualitativa, descritiva e conceptual, fundamentando-se na pesquisa bibliográfica e na análise crítica dos dados recolhidos, cujos resultados se estruturam em quatro pontos: os discursos colonialistas dos primeiros museus; debates pós-colonialistas; descolonização e restituição dos objetos aos grupos de origem; agentes e fatores da descolonização do museu na contemporaneidade. Como hipótese de investigação, sugere-se que a descolonização do museu é um processo em evolução e que se desenvolve através da recuperação do sentido original dos objetos e da representação das comunidades de origem, assegurando-lhes a integração das suas narrativas e a participação ativa e paritária nas práticas museológicas. |
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Descolonizar o museu: exposição e mediação dos espólios africanos em museus europeusDecolonising the museum: exhibition and mediation of African collections in European museumsArtigos temáticosOs primeiros museus surgiram na Europa, no contexto dos impérios coloniais e do pensamento hegemónico, assente nas teorias evolucionistas da época, tornando-se um instrumento ao serviço do poder dominante. O fim do colonialismo provocou uma rutura no modelo dos museus evolucionistas, trazendo para debate novas formas de interpretação, exposição e comunicação dos espólios provenientes de culturas não europeias. O objetivo deste artigo é analisar o fenómeno de descolonização do museu, partindo de uma análise diacrónica para abordar as questões relacionadas com a restituição dos objetos aos grupos culturais de origem e com a reformulação dos discursos museológicos, nomeadamente, através de projetos de curadoria partilhada. A investigação realizada é qualitativa, descritiva e conceptual, fundamentando-se na pesquisa bibliográfica e na análise crítica dos dados recolhidos, cujos resultados se estruturam em quatro pontos: os discursos colonialistas dos primeiros museus; debates pós-colonialistas; descolonização e restituição dos objetos aos grupos de origem; agentes e fatores da descolonização do museu na contemporaneidade. Como hipótese de investigação, sugere-se que a descolonização do museu é um processo em evolução e que se desenvolve através da recuperação do sentido original dos objetos e da representação das comunidades de origem, assegurando-lhes a integração das suas narrativas e a participação ativa e paritária nas práticas museológicas.The first museums emerged in Europe, in the context of colonial empires and hegemonic thinking, based on contemporary evolutionist theories, becoming an instrument in the service of the dominant power. The end of colonialism caused a rupture in the model of evolutionist museums, bringing to debate new ways of interpreting, displaying and communicating collections from non-European cultures. This paper aims to analyse the phenomenon of the decolonisation of the museum, starting from a diachronic analysis of issues related to the restitution of objects to the origin cultural groups and the reformulation of museological discourses, namely through projects of co-curatorship. This investigation is qualitative, descriptive and conceptual, based on bibliographic research and critical analysis of the gathered data, whose results are structured into four points: colonialist discourse of the first museums; post-colonialist debates; decolonisation and restitution of objects to the origin cultural groups; agents and factors of the decolonisation of museums in contemporary times. As a research hypothesis, it is suggested that the decolonisation of the museum is an ongoing process that develops by recovering the original meaning of objects and by representing the origin communities, assuring the inclusion of their narratives and their active and equal participation in the museum’s practices.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2020-12-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.3110por2183-08862184-0458Roque, Maria Isabelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:52Zoai:journals.uminho.pt:article/3110Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:21.029305Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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