Análise de um marcador periférico para as alterações musculares esqueléticas induzidas pelo exercício aeróbio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/12112 |
Resumo: | Neste trabalho procurámos estabelecer uma relação entre as alterações morfológicas que ocorrem nos tecidos musculares esqueléticos após o treino aeróbio (alteração da sua composição a nível de fibras musculares tipo I e tipo II), e a expressão de duas isoformas da óxido nítrico sintetase (NOS), a iNOS e a cNOS, nas fibras musculares e nas plaquetas sanguíneas, de forma a se poder tomar os valores desta última expressão como um marcador periférico para essas mesmas alterações musculares. Para determinar a possibilidade de se estabelecer essa relação, usámos dois grupos de ratos Wistar machos num protocolo de treino de oito semanas. O primeiro grupo, grupo controlo, permaneceu nas gaiolas, fazendo apenas uma ligeira caminhada em dias alternados, por forma a não ficarem com os músculos atrofiados e se poderem adaptar ao tapete rolante, mantendo também as mesmas características psico-motoras que os ratos exercitados. O segundo grupo, grupo de exercício, realizou um protocolo de treino que consistiu em corrida ao longo do período de treino com velocidade e inclinação crescentes consoante a evolução temporal, de acordo com o protocolo da secção de metodologia. Verificámos que o protocolo a que sujeitámos os ratos criou de facto as alterações morfológicas que pretendíamos: alteração da percentagem relativa de fibras tanto no músculo gastrocnemius como no músculo solear, músculos com tipo predominante de fibras musculares do tipo II e tipo I, respectivamente. Houve um aumento significativo de fibras musculares do tipo I no músculo solear. Relativamente à expressão das duas isoformas da NOS podemos concluir que o exercício aeróbio aumenta a expressão de ambas as isoformas no músculo solear e nas plaquetas. Assim, o aumento da expressão da cNOS e iNOS no músculo parece associar-se ao aumento das fibras musculares do tipo I. Em conclusão, os nossos resultados sugerem que poderemos tomar as plaquetas sanguíneas como um marcador periférico para atestar as alterações morfológicas sofridas nos músculos esqueléticos em resposta a um treino programado, nomeadamente as alterações morfológicas das fibras musculares do tipo I, tornando mais fácil a monitorização do treino aeróbio, já que não serão necessárias biópsias musculares. Palavras-chave: músculo solear, músculo gastrocnemius, fibra muscular tipo I, fibra muscular tipo II, NOS, iNOS, cNOS, treino aeróbio. |
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Neste trabalho procurámos estabelecer uma relação entre as alterações morfológicas que ocorrem nos tecidos musculares esqueléticos após o treino aeróbio (alteração da sua composição a nível de fibras musculares tipo I e tipo II), e a expressão de duas isoformas da óxido nítrico sintetase (NOS), a iNOS e a cNOS, nas fibras musculares e nas plaquetas sanguíneas, de forma a se poder tomar os valores desta última expressão como um marcador periférico para essas mesmas alterações musculares. Para determinar a possibilidade de se estabelecer essa relação, usámos dois grupos de ratos Wistar machos num protocolo de treino de oito semanas. O primeiro grupo, grupo controlo, permaneceu nas gaiolas, fazendo apenas uma ligeira caminhada em dias alternados, por forma a não ficarem com os músculos atrofiados e se poderem adaptar ao tapete rolante, mantendo também as mesmas características psico-motoras que os ratos exercitados. O segundo grupo, grupo de exercício, realizou um protocolo de treino que consistiu em corrida ao longo do período de treino com velocidade e inclinação crescentes consoante a evolução temporal, de acordo com o protocolo da secção de metodologia. Verificámos que o protocolo a que sujeitámos os ratos criou de facto as alterações morfológicas que pretendíamos: alteração da percentagem relativa de fibras tanto no músculo gastrocnemius como no músculo solear, músculos com tipo predominante de fibras musculares do tipo II e tipo I, respectivamente. Houve um aumento significativo de fibras musculares do tipo I no músculo solear. Relativamente à expressão das duas isoformas da NOS podemos concluir que o exercício aeróbio aumenta a expressão de ambas as isoformas no músculo solear e nas plaquetas. Assim, o aumento da expressão da cNOS e iNOS no músculo parece associar-se ao aumento das fibras musculares do tipo I. Em conclusão, os nossos resultados sugerem que poderemos tomar as plaquetas sanguíneas como um marcador periférico para atestar as alterações morfológicas sofridas nos músculos esqueléticos em resposta a um treino programado, nomeadamente as alterações morfológicas das fibras musculares do tipo I, tornando mais fácil a monitorização do treino aeróbio, já que não serão necessárias biópsias musculares. Palavras-chave: músculo solear, músculo gastrocnemius, fibra muscular tipo I, fibra muscular tipo II, NOS, iNOS, cNOS, treino aeróbio. |
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