Estudo Prospectivo de Colonização por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina um Serviço de Medicina Interna: População, Factores de Risco e Implicações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Ana Sofia
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Monteiro,Filipa Brás, Cruz,Inês, Monteiro,Nuno, Cardoso,Margarida, Mendes,Rita, Silva,Alberto Mello e
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2017000300007
Resumo: Introdução: A infecção por Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) é uma das infecções associadas aos cuidados de saúde mais importantes. Em 2014 surgiu uma Norma da Direcção-Geral da Saúde dirigida a esta problemática. Este trabalho visa quantificar os doentes com indicação para pesquisa de portador de MRSA, analisar os critérios, implicações e possíveis estratégias. Material e Métodos: Recolha prospectiva de dados sobre os doentes admitidos num Serviço de Medicina em cinco semanas não consecutivas. Resultados: A amostra inclui 224 doentes, maioritariamente do género feminino, com média de idades de 76 anos. A maioria (60,3%) apresentou indicação para rastreio, realizado em 39,3%; 28,3% foram positivos. Os critérios mais frequentes foram antibioterapia prévia (37,1%), internamento recente (32,1%) e transferência de uma instituição hospitalar (16,1%). Discussão: Salienta-se a faixa etária avançada da população estudada, sendo que o factor idade parece influenciar a probabilidade de indicação para rastreio. A maioria dos doentes apresentou indicação para a pesquisa de portador (60,3%), o que constitui uma mudança de práticas de grande envergadura. Assume grande relevância o elevado peso da antibioterapia nesta amostra (37,1%). Numa maioria de doentes com indicação, o rastreio não foi realizado, sendo necessário sensibilizar a equipa médica e de enfermagem. Conclusão: É importante exigir boas práticas dos profissionais de saúde para a implementação de novas regras e garantir condições de funcionamento nos serviços para que as mesmas possam ser aplicadas. Torna-se crucial que as estratégias não sejam implementadas isoladamente. O cidadão deve cumprir a sua parte, nomeadamente evitando a toma de antibióticos injustificada.
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