Contributos para a história da medicina em Portugal: Luís de Pina e as representações de higiene social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/6744 |
Resumo: | Na História da Medicina em Portugal durante a primeira metade do século XX, as práticas médicas de higiene social resultaram do estudo da personalidade. Estabeleceram-se tendências constitucionais dos delinquentes com base na ciência que, por diferentes métodos, serviu para explicar a génese do crime. No entanto, o recurso à ciência traz um problema: o estudo da personalidade criminal não é tão simples e constante nem inspira tão confiantes certezas nos resultados. Apesar deste carácter incerto, deposita-se alguma credibilidade nas psicoscopias (espécie de auscultação do campo psíquico) e psicometrias (medição dos fenómenos psíquicos) dos delinquentes, com o objectivo de estabelecer prognósticos de conduta. Independentemente do emprego dos mais categorizados e idóneos testes ou provas na identificação e classificação social dos delinquentes, essas possibilidades são, por vezes, modestas e limitadas, porque ocorrem deficiências e insucessos de prognóstico / diagnóstico. O caso paradigmático de estudo é o médico Luís de Pina (1901-1972), que chamou a atenção para o facto de, na Medicina, Antropologia Social e Criminal, Psicologia, Direito, Biologia Criminal ou Criminologia, os delinquentes serem objecto de preocupações periciais e científicas, enquanto a ciência servia interesses higienistas na organização social. |
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