A microbiota intestinal na fibrose quística : relação com o padrão alimentar e outcomes clínicos : revisão da literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/53062 |
Resumo: | Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021 |
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A microbiota intestinal na fibrose quística : relação com o padrão alimentar e outcomes clínicos : revisão da literaturaFibrose quísticaMicrobiota intestinalPadrão alimentarNutriçãoEixo intestino-pulmãoDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021A fibrose quística (FQ) é uma doença genética autossómica recessiva com repercussão multissistémica. A nível do trato gastrointestinal destaca-se a insuficiência pancreática exócrina e a inflamação crónica, que podem comprometer a absorção de nutrientes e, consequentemente, o estado nutricional. Adicionalmente, tem sido identificadas alterações taxonómicas e funcionais da microbiota intestinal (MI) em crianças com FQ, comparativamente a crianças saudáveis, que parecem resultar da própria disfunção genética assim como da exposição a antibioterapia e do padrão alimentar. Recentemente, a MI tem adquirido particular interesse no estudo da fisiopatologia e abordagem terapêutica de várias doenças intestinais e metabólicas devido à sua interação com o hospedeiro. A MI e os seus metabolitos, como os ácidos gordos de cadeia curta (AGCC), contribuem para homeostasia imunológica, metabólica e para um adequado estado nutricional do hospedeiro. De acordo com a evidência científica, o padrão alimentar pode modular a MI, por exemplo, ao nível da diversidade e abundância de espécies bacterianas benéficas à metabolização, síntese e absorção de nutrientes. Contudo, apesar do desenvolvimento crescente desta área, são necessários estudos adicionais que comprovem o impacto da composição da MI no estado nutricional de crianças com FQ. Por outro lado, evidência recente corrobora a comunicação entre a MI e órgãos à distância, nomeadamente o pulmão e a microbiota respiratória. Na FQ, a MI e a sua modulação através, por exemplo, da suplementação com probióticos, parece ter influência em outcomes clínicos como a inflamação intestinal e exacerbações da doença. Apesar de a evidência ser escassa, o estudo do eixo intestino-pulmão pode promover o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas ou marcadores de prognóstico.Cystic fibrosis (CF) is an autosomal recessive genetic disease with multisystemic repercussions. In terms of the gastrointestinal tract, exocrine pancreatic insufficiency and chronic inflammation stand out, which can compromise the absorption of nutrients and, consequently, the nutritional status. In addition, taxonomic and functional changes in the intestinal microbiota (IM) have been identified in children with CF, compared to healthy children, which appear to result from their own genetic dysfunction as well as from exposure to antibiotics and dietary patterns. Recently, IM has acquired particular interest in the study of the pathophysiology and therapeutic approach of several intestinal and metabolic diseases due to its interaction with the host. IM and its metabolites, such as short-chain fatty acids (SCFA), contribute to immune, metabolic homeostasis and to an adequate nutritional status of the host. According to scientific evidence, the dietary pattern can modulate IM, for example, in terms of the diversity and abundance of bacterial species beneficial to metabolism, synthesis and absorption of nutrients. However, despite the growing development of this area, additional studies are needed to prove the impact of IM composition on the nutritional status of children with CF. On the other hand, recent evidence corroborates the communication between IM and organs at a distance, namely the lung and the respiratory microbiota. In CF, IM and its modulation through, for example, supplementation with probiotics, seems to have an influence on clinical outcomes such as intestinal inflammation and exacerbations of the disease. Although the evidence is scarce, the study of the intestine-lung axis can promote the development of new therapeutic strategies or prognostic markers.Guerreiro, Catarina SousaAsseiceira, Inês Margarida Pereira RodriguesRepositório da Universidade de LisboaMugeiro, Marta Margarida Pereira Campos2022-05-19T13:19:39Z2021-072021-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/53062TID:202904547porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:58:38Zoai:repositorio.ul.pt:10451/53062Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:02.257776Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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