Dívida Conservadora nas Indústrias transformadoras da zona euro: escolha livre ou situação imposta?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Bárbara Soraia Sousa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19922
Resumo: Uma regularidade empírica persistente e intrigante é o facto de que muitas empresas adotarem uma política de endividamento conservador. Essas empresas “subalavancadas” carregam substancialmente menos dívidas do que o previsto pelas principais teorias de estrutura de capital (Myers, 1984). Neste estudo, investigou-se os motivos pelos quais as empresas escolhem uma política de endividamento conservadora do ponto de vista das necessidades de financiamento. Através de uma análise quantitativa usando o modelo Logit e o modelo Probit numa amostra de empresas cotadas em bolsa do setor das indústrias transformadoras da Zona Euro, no período de 2010 a 2018, foram possíveis apurar as seguintes conclusões: 1) empresas sem necessidade de financiamento externo têm maior probabilidade de apresentar uma política de dívida conservadora; 2) empresas com maiores restrições financeiras têm maior probabilidade de apresentar políticas de alavancagem conservadora; 3) as empresas com maior flexibilidade financeira têm maior probabilidade de apresentar uma política de alavancagem conservadora; e 4) as empresas com alavancagem conservadora têm menores dimensões, demonstram um maior crescimento do ativo, possuem mais disponibilidades de caixa, apresentam menores ativos tangíveis e mostram-se menos lucrativas do que as empresas mais alavancadas.
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