Monitorização da intensidade do exercício aeróbio em pessoas com diabetes tipo 2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/4028 |
Resumo: | Introdução: A Diabetes é uma doença extremamente evidenciada na nossa sociedade. A Neuropatia Autonómica Cardiovascular (NAC) é uma complicação comum da Diabetes, que influencia a tolerância ao exercício, reduz a frequência cardíaca (FC), a pressão arterial e as respostas cardíacas ao exercício, havendo, consequentemente, uma elevada probabilidade de atingir níveis de intensidade pouco recomendados. Uma vez que a prevalência da NAC é subestimada, será que em pessoas com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida, a FC pode ser recomendada como método de controlo de intensidade do exercício aeróbio? Este estudo tem por objetivos analisar a relação entre a FC e a Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) durante o exercício aeróbico em indivíduos com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida; e verificar a concordância das classificações da intensidade do exercício aeróbio, através FC e da PSE. Metodologia: A FC e a PSE foram recolhidas simultaneamente durante o exercício aeróbio através de cardiofrequencímetros e da Escala de PE Borg (6-20 pontos), respetivamente. Para observar a relação entre a FC e a PSE utilizou-se o teste de correlação de Pearson e para analisar a sua concordância recorreu-se ao Coeficiente de Kappa de Cohen. Resultados: Num total de 150 observações, verificou-se uma correlação positiva e moderada e uma concordância fraca entre a FC e a PSE. A classificação da intensidade pela FC estava 26,7% de acordo, 8% superior e 65,3% inferior relativamente à PSE. Conclusões: A monitorização da intensidade do exercício aeróbio em pessoas com diabetes tipo 2 através da FC pode estar comprometida por alterações autonómicas cardiovasculares, mesmo em pessoas sem NAC diagnosticada. Os resultados deste estudo sugerem que, neste tipo de população, a PSE deve ser o método preferencial de monitorização da intensidade do exercício aeróbio, e que a FC deve ser usada com prudência, e de modo complementar, de forma a garantir a segurança dos indivíduos. |
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Monitorização da intensidade do exercício aeróbio em pessoas com diabetes tipo 2Frequência cardíaca ou perceção subjetiva de esforço?Exercício aeróbico - Diabetes tipo 2Exercício aeróbico - Diabetes - Controlo da intensidadeExercício aeróbico - Diabetes - Frequência cardíacaExercício aeróbico - Diabetes - Percepção subjectiva de esforçoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisIntrodução: A Diabetes é uma doença extremamente evidenciada na nossa sociedade. A Neuropatia Autonómica Cardiovascular (NAC) é uma complicação comum da Diabetes, que influencia a tolerância ao exercício, reduz a frequência cardíaca (FC), a pressão arterial e as respostas cardíacas ao exercício, havendo, consequentemente, uma elevada probabilidade de atingir níveis de intensidade pouco recomendados. Uma vez que a prevalência da NAC é subestimada, será que em pessoas com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida, a FC pode ser recomendada como método de controlo de intensidade do exercício aeróbio? Este estudo tem por objetivos analisar a relação entre a FC e a Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) durante o exercício aeróbico em indivíduos com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida; e verificar a concordância das classificações da intensidade do exercício aeróbio, através FC e da PSE. Metodologia: A FC e a PSE foram recolhidas simultaneamente durante o exercício aeróbio através de cardiofrequencímetros e da Escala de PE Borg (6-20 pontos), respetivamente. Para observar a relação entre a FC e a PSE utilizou-se o teste de correlação de Pearson e para analisar a sua concordância recorreu-se ao Coeficiente de Kappa de Cohen. Resultados: Num total de 150 observações, verificou-se uma correlação positiva e moderada e uma concordância fraca entre a FC e a PSE. A classificação da intensidade pela FC estava 26,7% de acordo, 8% superior e 65,3% inferior relativamente à PSE. Conclusões: A monitorização da intensidade do exercício aeróbio em pessoas com diabetes tipo 2 através da FC pode estar comprometida por alterações autonómicas cardiovasculares, mesmo em pessoas sem NAC diagnosticada. Os resultados deste estudo sugerem que, neste tipo de população, a PSE deve ser o método preferencial de monitorização da intensidade do exercício aeróbio, e que a FC deve ser usada com prudência, e de modo complementar, de forma a garantir a segurança dos indivíduos.Introduction: Diabetes is an evident disease in our society. Cardiovascular Autonomic Neuropathy (CAN) is a common diabetes complication that affects exercise tolerance, reduces heart rate (HR), blood pressure and cardiac responses to exercise, which can lead to hazardous levels of exercise intensity. In this context and considering the NAC underestimated prevalence, can HR be recommended as a method of aerobic exercise intensity control in people with type 2 diabetes without known NAC, or patients must rely on their Perceived Exertion (PE)? This study aims to analyze the relationship between HR and PE during aerobic exercise in individuals with type 2 diabetes without known NAC; and to verify the agreement between aerobic exercise intensity classifications by HR and PE. Methodology: HR and PE were simultaneously collected during aerobic exercise with HR Monitors and Borg’s Scale (6-20 points), respectively. Pearson correlation test was used to observe the relationship between HR and PE and Cohen's Kappa coefficient was applied to verify their agreement. Results: In a total of 150 observations there was a moderate correlation and a poor agreement between HR and PE. HR intensity classification was 26,7% accordant, 8% superior and 65,3% inferior to PE intensity classification. Conclusions: Aerobic exercise intensity monitorization with HR in people with type 2 diabetes can be compromised by cardiovascular autonomic changes, even without diagnosed NAC. This study results suggest that, in this population, PE should be the chosen method of monitoring aerobic exercise intensity and HR should be used with caution and complementary, in order to ensure individuals safety.Marques, Mário António CardosouBibliorumSousa, Sofia Mariano2016-02-19T11:42:47Z2013-112013-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4028TID:201016907porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:13:30Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4028Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:13:30Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: A Diabetes é uma doença extremamente evidenciada na nossa sociedade. A Neuropatia Autonómica Cardiovascular (NAC) é uma complicação comum da Diabetes, que influencia a tolerância ao exercício, reduz a frequência cardíaca (FC), a pressão arterial e as respostas cardíacas ao exercício, havendo, consequentemente, uma elevada probabilidade de atingir níveis de intensidade pouco recomendados. Uma vez que a prevalência da NAC é subestimada, será que em pessoas com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida, a FC pode ser recomendada como método de controlo de intensidade do exercício aeróbio? Este estudo tem por objetivos analisar a relação entre a FC e a Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) durante o exercício aeróbico em indivíduos com Diabetes tipo 2, sem NAC conhecida; e verificar a concordância das classificações da intensidade do exercício aeróbio, através FC e da PSE. Metodologia: A FC e a PSE foram recolhidas simultaneamente durante o exercício aeróbio através de cardiofrequencímetros e da Escala de PE Borg (6-20 pontos), respetivamente. Para observar a relação entre a FC e a PSE utilizou-se o teste de correlação de Pearson e para analisar a sua concordância recorreu-se ao Coeficiente de Kappa de Cohen. Resultados: Num total de 150 observações, verificou-se uma correlação positiva e moderada e uma concordância fraca entre a FC e a PSE. A classificação da intensidade pela FC estava 26,7% de acordo, 8% superior e 65,3% inferior relativamente à PSE. Conclusões: A monitorização da intensidade do exercício aeróbio em pessoas com diabetes tipo 2 através da FC pode estar comprometida por alterações autonómicas cardiovasculares, mesmo em pessoas sem NAC diagnosticada. Os resultados deste estudo sugerem que, neste tipo de população, a PSE deve ser o método preferencial de monitorização da intensidade do exercício aeróbio, e que a FC deve ser usada com prudência, e de modo complementar, de forma a garantir a segurança dos indivíduos. |
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