Fratura de Hahn-Steinthal: A propósito de um caso clínico
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000100005 |
Resumo: | Introdução: As fraturas isoladas do capitellum são lesões raras, representando menos de 1% das fraturas a nível do cotovelo e 6% das fraturas do úmero. Ocorrem geralmente em adolescentes, na maioria dos casos depois dos 12 anos de idade. Este padrão de fratura foi descrito pela primeira vez em 1853 por Hahn; posteriormente, Kocher em 1896, Steinthal em 1898 e Lorenz em 1905 descreveram diferentes padrões para este tipo de fraturas. Em 1985, Bryan e Morrey classificaram as fraturas do capitellum em três tipos diferentes (tipo I, II e III). Em 1996, esta classificação foi atualizada por McKee para 4 tipos. Caso clinico: Doente do sexo feminino com 24 anos, raça caucasiana, sem antecedentes pessoais relevantes, que recorre ao serviço de urgência por dor e impotência funcional do cotovelo direito, vítima de queda de bicicleta com o punho e cotovelo em extensão. O estudo complementar realizado com radiografia simples e tomografia computorizada do cotovelo direito demonstraram uma fratura do capitellum. Foi submetida a tratamento cirúrgico e realizada redução aberta e fixação interna com parafuso canulado autocompressivo sem cabeça (HCS® 2,4mm) colocado de posteroanterior por abordagem posterolateral de Kocher. Realizada imobilização com tala gessada posterior durante 3 semanas. Após esse período iniciou reabilitação com ganho progressivo de mobilidades. Conclusão: As opções terapêuticas variam desde o tratamento conservador (sob a forma de redução fechada e imobilização), excisão do fragmento ou redução aberta e fixação interna. O método de fixação interna é variável: fios de Kirschner, pinos reabsorvíveis ou diferentes tipos de parafusos em compressão. A artroscopia também pode ser útil na cirurgia. Uma redução aberta e fixação interna estável com um parafuso canulado autocompressivo sem cabeça permitem uma mobilização precoce do cotovelo, evitando a rigidez articular e artrose degenerativa. |
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