Cefaleias e funções cognitivas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Vânia da Silva
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/157
http://hdl.handle.net/20.500.11816/157
Resumo: A cefaleia é um fenómeno que acompanha o ser humano desde os tempos imemoriais. Actualmente, a cefaleia tem uma incidência elevada na Europa, pois atinge cerca de 40 % europeus. Em Portugal a cefaleia afecta 6 a 20% da população portuguesa (Martins, 2009). O estudo epidemiológico das cefaleias é difícil de realizar devido ao seu carácter subjectivo, pois várias variáveis devem ser tidas em consideração na descrição dos sintomas: duração, frequência e manifestações clínicas. Face a esta lacuna a Sociedade Internacional de Cefaleias elaborou um novo instrumento de trabalho de investigação: critérios de diagnóstico de cefaleias (Denmark, Bousser, Diener, et al 2004). Desta forma, a Sociedade Internacional de Cefaleias dividiu a cefaleia em quatro tipos: enxaqueca, cefaleia tipo tensão, cefaleia em salva, cefaleias por uso excessivo de medicamentos (Monteiro, Ribeiro, Luzeiro, Machado & Esperança, 2009). Esta doença tem um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas (Frederick & Freitag, 2007). Pois, compromete a vida dos sujeito, não só durante as crises, mas também ao tentar evitá-las. Esta alteração do estilo de vida desencadeia emoções como ansiedade, o que remete para um impacto contínuo e negativo na vida do doente. A enxaqueca é um tipo específico de cefaleia que apresenta uma incidência amplamente distribuída na população mundial e em diferentes raças e condições sociais (Freitag, 2007). Associada a este tipo específico de cefaleia encontram-se características peculiares como as alterações visuais, linguísticas e sensitivas. Desta forma, é o tipo de cefaleia que mais curiosidade suscita no mundo da investigação. Apesar de esta patologia ter uma incidência elevada, e interferir de forma significativa na vida do doente, poucos estudos têm sido efectuados relativamente ao impacto das cefaleias nas funções cognitivas. Tendo em consideração a escassez de estudos sobre este tema no nosso país parece-nos relevante aprofundar o conhecimento de algumas áreas cognitivas (funções executivas, memória de trabalho, memória verbal, atenção divida, velocidade de processamento e depressão) nesta população alvo.
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