Estudos de biodegradabilidade em couro artificial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/11342 |
Resumo: | Este trabalho foi desenvolvido na unidade de revestimentos da Monteiro, Ribas –Indústrias, S.A., no âmbito da disciplina de Dissertação/Estágio (DIEST), para a conclusão do Mestrado em Engenharia Química, no ramo de Energia e Biorrefinaria. O seu principal objetivo foi a alteração da formulação de couro sintético com compostos de origem vegetal (amido da batata) e um novo plastificante biológico, de modo a estudar a sua biodegradabilidade. Sendo o agente expansor 001 um composto tóxico, começou-se por estudar a substituição do agente expansor masterbatch 001 na camada espuma por masterbatch 002 e amido, respetivamente, realizando testes de expansão térmica. Depois, repetiram-se os estudos para camadas de espuma dos artigos com masterbatch de amido, variando o uso do catalisador (kicker) nas pastas dos artigos, designados por Amido A e Amido B. Em seguida, além da substituição da 001, produziram-se dois artigos, onde substituiu-se 10 e 20% da resina de PVC por amido na camada espuma (Amido C e Amido D). Realizou-se um varrimento de temperaturas e tempos de residência, a fim de averiguar as melhores condições de trabalho para as espumas destes artigos. Concluiu-se que a melhor temperatura é de 200ºC, com um tempo de residência de 20 segundos. A nível de propriedades mecânicas foi testada a resistência à rotura, resistência ao rasgamento e adesão ao suporte nos artigos recobertos à escala piloto. Verificou-se que os resultados eram semelhantes ao artigo convencional, com exceção do valor inferior na aderência, no qual obteve-se melhores resultados para o artigo Amido C. Posteriormente, com este ultimo artigo, testou-se a substituição do plastificante convencional por um plastificante biológico e avaliaram-se as suas características mecânicas. O artigo resultante foi nomeado Bio. Verificou-se que a substituição do plastificante melhorou a adesão do artigo, pelo que este foi considerado o melhor revestimento para testar a sua biodegradabilidade, juntamente com o artigo Convencional. Relativamente ao teste de Sturm efetuado, realizou-se dois ensaios em que o produto para este estudo foi condicionado respetivamente com uma temperatura de 105ºC e 80ºC, obtendo-se uma perda de massa de 4,74% para o artigo Convencional (apenas testado no 1º ensaio), 7,33% para o artigo Bio testado no 1º ensaio e 16,56% no 2º ensaio. As análises termogravimétricas permitiram aferir que o artigo Bio sofre degradação térmica a temperaturas ligeiramente inferiores que o Convencional. Relativamente aos valores de Tonset antes e depois do teste Sturm observaram-se variações entre 4,0ºC-5,0ºC para o produto Bio, contra a variação de 1ºC do artigo Convencional. Também se verifica nos valores da temperatura de fusão uma variação de aproximadamente 12,0ºC para o artigo Bio nos dois ensaios e uma variação de temperatura de 0,5ºC para o artigo Convencional. |
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Estudos de biodegradabilidade em couro artificialRevestimentoAmidoCouro sintéticoTeste de SturmBiodegradabilidadeCoatingStarchSynthetic leatherSturm testBiodegradabilityEnergia e BiorrefinariaEste trabalho foi desenvolvido na unidade de revestimentos da Monteiro, Ribas –Indústrias, S.A., no âmbito da disciplina de Dissertação/Estágio (DIEST), para a conclusão do Mestrado em Engenharia Química, no ramo de Energia e Biorrefinaria. O seu principal objetivo foi a alteração da formulação de couro sintético com compostos de origem vegetal (amido da batata) e um novo plastificante biológico, de modo a estudar a sua biodegradabilidade. Sendo o agente expansor 001 um composto tóxico, começou-se por estudar a substituição do agente expansor masterbatch 001 na camada espuma por masterbatch 002 e amido, respetivamente, realizando testes de expansão térmica. Depois, repetiram-se os estudos para camadas de espuma dos artigos com masterbatch de amido, variando o uso do catalisador (kicker) nas pastas dos artigos, designados por Amido A e Amido B. Em seguida, além da substituição da 001, produziram-se dois artigos, onde substituiu-se 10 e 20% da resina de PVC por amido na camada espuma (Amido C e Amido D). Realizou-se um varrimento de temperaturas e tempos de residência, a fim de averiguar as melhores condições de trabalho para as espumas destes artigos. Concluiu-se que a melhor temperatura é de 200ºC, com um tempo de residência de 20 segundos. A nível de propriedades mecânicas foi testada a resistência à rotura, resistência ao rasgamento e adesão ao suporte nos artigos recobertos à escala piloto. Verificou-se que os resultados eram semelhantes ao artigo convencional, com exceção do valor inferior na aderência, no qual obteve-se melhores resultados para o artigo Amido C. Posteriormente, com este ultimo artigo, testou-se a substituição do plastificante convencional por um plastificante biológico e avaliaram-se as suas características mecânicas. O artigo resultante foi nomeado Bio. Verificou-se que a substituição do plastificante melhorou a adesão do artigo, pelo que este foi considerado o melhor revestimento para testar a sua biodegradabilidade, juntamente com o artigo Convencional. Relativamente ao teste de Sturm efetuado, realizou-se dois ensaios em que o produto para este estudo foi condicionado respetivamente com uma temperatura de 105ºC e 80ºC, obtendo-se uma perda de massa de 4,74% para o artigo Convencional (apenas testado no 1º ensaio), 7,33% para o artigo Bio testado no 1º ensaio e 16,56% no 2º ensaio. As análises termogravimétricas permitiram aferir que o artigo Bio sofre degradação térmica a temperaturas ligeiramente inferiores que o Convencional. Relativamente aos valores de Tonset antes e depois do teste Sturm observaram-se variações entre 4,0ºC-5,0ºC para o produto Bio, contra a variação de 1ºC do artigo Convencional. Também se verifica nos valores da temperatura de fusão uma variação de aproximadamente 12,0ºC para o artigo Bio nos dois ensaios e uma variação de temperatura de 0,5ºC para o artigo Convencional.This project was developed under the Dissertation / Internship (DIEST) class, in the Coatings’ Unit of Monteiro, Ribas - Indústrias, S.A, for the conclusion of the Master degree in Chemical Engineering - Energy and Biorefinery. The main goal was to alter the formulation of synthetic leather with compounds of plant origin (potato starch) and a new biological plasticizer and to study its biodegradability. Since the blowing agent 001 is a toxic material, we began to study the replacement of 001 masterbatch in the foam layer with 002 masterbatch and starch masterbatch respectively, performing thermal expansion tests. Afterward, the studies were repeated for foam layers of articles with masterbatch of starch, changing the use of the 001 catalyst (kicker) in the pastes (Amido A and Amido B). Next, new articles were produced, where the Foam layer had a substitution of 10 and 20% of starch in the PVC resin (Amido C and Amido D). The temperature and residence time were tested to ascertain the best working conditions for the articles. It was settled that the best temperature is 200° C, with a residence time of 20 seconds. At the mechanical properties level, the tensile strength, tear strength, and adhesion to the carrier were tested on the articles. The results were found to be similar, except for the adhesion. For this characteristic, we obtained better results for the article Amido C. Then, with this last article, it was tested the substitution of the conventional plasticizer with a biological plasticizer and its mechanical characteristics were re-tested. The resulting article was named Bio. It was found that the substitution of the plasticizer improved the adhesion of the article, so it was considered the best coating to test its biodegradability, along with the Convencional article. As to the Sturm test, it was experienced two tests in which the product was conditioned by a temperature of 105ºC and 80ºC, respectively, with the results of a mass loss of 4.74% for the article Convencional (only tested on the 1st test), 7.33% for the Bio article tested in the 1st test and 16.56% in the 2nd test. The thermogravimetric analysis allowed us to verify that the Bio article undergoes thermal degradation at slightly lower temperatures than the Convencional. As to the Tonset results before and after Sturm test, it was observed a variation between 4,0ºC-5,0ºC for the Bio article, against a 1ºC variation of the Convencional article. It is also noticed in the results for the fusion temperature a variation of approximately 12,0ºC for the Bio article and 0,5ºC for the Convencional article.Garrido, Ermelinda Manuela Pinto JesusRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoSantos, Ana Catarina Fontão dos2020-11-30T01:30:17Z20172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/11342TID:201766566porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:53:23Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/11342Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:31:42.563277Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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