O Cinema e a Cidade no Portugal Europeu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/43598 |
Resumo: | “Portugal não é um país pequeno”, afirmava a propaganda política do Estado Novo – o regime autoritário que governou a nação entre 1933 e 1974. A justificação visual para este tipo de afirmação resultava da junção do território geográfico de Portugal com o espaço ocupado num mapa-mundo pelo território das colónias portuguesas na Ásia e em África. Uma vez caído o regime, e com ele o controlo português sobre as suas “províncias ultramarinas”, surgiu um grande vazio na imagem que Portugal tinha de si mesmo. Depois de 1974, Portugal encontrou na Europa não só uma oportunidade para desenvolver importantes reformas, mas também um espaço geográfico a incorporar, e, ao mesmo tempo, onde projetar, a sua imagem nacional. A transformação cultural resultante desta passagem da era colonial para o período de integração Europeia é claramente visível no cinema português das últimas décadas. Este ensaio questiona a capacidade deste cinema poder ser visto como “cinema Europeu”, e, ao mesmo tempo, o modo como este se posiciona, assim como ao país que representa, como Europeu. Os exemplos analisados são Lisbon Story (Wim Wenders, 1994) e Porto da Minha Infância (Manoel de Oliveira, 2001), dois filmes produzidos para celebrar cidades portuguesas nomeadas Capitais Europeias da Cultura. |
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