Suporte social percebido e funcionamento cognitivo em idosos portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/41591 |
Resumo: | Tese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia Clínica e da Saúde - Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2019 |
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Suporte social percebido e funcionamento cognitivo em idosos portuguesesIdososSuporte socialCogniçãoDepressão no idosoTeses de mestrado - 2019Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaTese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia Clínica e da Saúde - Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2019Vários estudos têm sugerido a influência do suporte social percebido como um fator importante e de grande influência na saúde de indivíduos idosos. O primeiro objetivo deste estudo foi adaptar e validar para a população idosa portuguesa a escala unidimensional de Suporte Social Percebido (F-SozU-14) de Fydrich, Sommer, Tydecks e Brähler (2009). O segundo grande objetivo foi avaliar se o suporte social percebido está associado, e/ou contribui para o funcionamento cognitivo em idosos portugueses não institucionalizados. Espera-se que: H1) maiores níveis de suporte social percebido estejam associados a melhores níveis de funcionamento cognitivo, sendo o suporte social percebido um preditor deste funcionamento; H2) menores níveis de suporte social percebido estejam associados à presença de sintomatologia depressiva e ansiosa em idosos; e que H3) o nível de suporte social percebido varie em função do género, sendo as mulheres a apresentar níveis de suporte social percebido mais elevados. Uma entrevista estruturada foi utilizada para obtenção de dados sociodemográficos. O Montreal Cognitive Assessment (MoCA; Nasreddine et al., 2005) e o Mini Mental State Examination (MMSE; Folstein, Folstein e McHugh, 1975) foram utilizados como medidas de funcionamento cognitivo e a escala de Suporte Social Percebido de Fydrich et al. (2009) para avaliar o nível deste suporte. Para validar a escala de Suporte Social Percebido (Fydrich et al., 2009) foram utilizadas a Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (Sheikh & Yesavage, 1986) de modo a avaliar a presença de sintomas depressivos e o Inventário de Ansiedade Geriátrica (IAG) (Pachana et al., 2007) para avaliar a presença de sintomatologia ansiosa, visto que investigações anteriores indicam uma associação entre os níveis de suporte social percebido e a presença de sintomatologia depressiva e ansiosa. Neste estudo participaram 48 idosos com idades compreendidas entre os 65 e os 96 anos, 43 participantes do sexo feminino e 5 do sexo masculino. A amostra foi recolhida em espaços e universidades sénior. A tradução e adaptação da escala de Suporte Social Percebido de Fydrich et al. (2009) mostrou boas propriedades psicométricas, com boa consistência interna. No entanto, não se verificou a mesma estrutura fatorial que a escala original, extraindo-se 4 fatores, que foram designados de: Suporte Tangível e Assistência Percebida; Suporte Afetivo; Suporte Emocional e Informacional; e Proximidade com os outros. Análises de regressões hierárquicas foram utilizadas para o estudo do valor preditivo do Suporte Social Percebido (Escala Total e fatores) para o funcionamento cognitivo, depois de controlar pela idade, escolaridade, sexo, depressão e ansiedade. Contrariamente ao esperado (H1), não foram encontradas correlações significativas entre os resultados na escala total de Suporte Social Percebido (Fydrich et al., 2009) e o desempenho nas duas medidas do funcionamento cognitivo, nem foi encontrada qualquer influência do suporte social percebido na variância do desempenho nos testes de funcionamento cognitivo. A primeira hipótese não foi assim corroborada, ao contrário do que se verificou em estudos anteriores que indicam uma associação entre o suporte social percebido e o funcionamento cognitivo, sendo o suporte social percebido um preditor deste funcionamento. Verificou-se uma correlação significativa negativa moderada entre o fator “Proximidade com os outros” e os resultados na EDG (Sheikh & Yesavage, 1986), indicando que indivíduos com valores mais elevados neste fator apresentaram menos sintomas depressivos. Estes resultados corroboram parcialmente a segunda hipótese em estudo (H2). Além disso, as mulheres revelaram valores mais elevados de suporte social percebido do que os homens. Existiram ainda diferenças de género entre fatores, com as mulheres a obterem valores mais elevados no fator “Suporte Emocional/Informacional”, corroborando a terceira hipótese em estudo (H3). Este estudo pretendeu começar a colmatar a lacuna de estudos que analisem a relação entre o suporte social percebido e o funcionamento cognitivo de idosos portugueses, contribuindo com a adaptação de uma escala de avaliação do suporte social percebido para português, validada com idosos inseridos na comunidade.Several studies have suggested the influence of perceived social support as an important factor and of great influence on the health of elderly individuals. The first objective of this study was to adapt and validate for the Portuguese elderly population the one-dimensional Perceived Social Support scale (F-SozU-14) by Fydrich, Sommer, Tydecks and Brähler (2009). The second major objective was to evaluate whether perceived social support is associated and/or contributes to cognitive functioning in non-institutionalized Portuguese elderly. It is expected that: H1) higher levels of perceived social support are associated with better levels of cognitive functioning, with perceived social support being a predictor of this functioning; H2) lower levels of perceived social support are associated with the presence of depressive and anxious symptoms in the elderly; and H3) the level of perceived social support varies by gender, with women having higher levels of perceived social support. A structured interview was used to obtain socio-demographic data. The Montreal Cognitive Assessment (MoCA; Nasreddine et al., 2005) and the Mini-Mental State Examination (MMSE; Folstein, Folstein & McHugh, 1975) were used as measures of cognitive functioning and the Perceived Social Support scale (Fydrich's et al.,2009) to evaluate the level of this support. To validate the Perceived Social Support scale (Fydrich et al., 2009) the Geriatric Depression Scale (GDS) (Sheikh & Yesavage, 1986) was used to assess the presence of depressive symptoms and the Geriatric Anxiety Inventory (GAI) ( Pachana et al., 2007) to assess the presence of anxious symptomatology, as previous investigations indicate an association between perceived social support levels and the presence of depressive and anxious symptomatology. The study included 48 elderly aged 65 to 96 years, 43 female and 5 male participants. The sample was collected in senior spaces and senior universities. The translation and adaptation of the Perceived Social Support scale by Fydrich et al. (2009) showed good psychometric properties, with good internal consistency. However, the same factorial structure was not verified as the original scale, extracting 4 factors, which were designated as Tangible Support and Perceived Assistance; Affective Support; Emotional and Informational Support; and Proximity to others. Hierarchical regression analyses were used to study the predictive value of Perceived Social Support (Total Scale and factors) for cognitive functioning after controlling for age, education, gender, depression and anxiety. Contrary to expectations (H1), no significant correlations were found between the results on the full Perceived Social Support scale (Fydrich et al., 2009) and the performance on both measures of cognitive functioning, nor was found any influence of perceived social support on the performance variance in cognitive functioning tests. Thus, the first hypothesis was not corroborated, contrary to previous studies that indicate an association between perceived social support and cognitive functioning, perceived social support being a predictor of this functioning. There was a significant negative moderate correlation between the “Proximity to Others” factor and the results in the GDS (Sheikh & Yesavage, 1986), indicating that individuals with higher values for this factor had fewer depressive symptoms. These results partially corroborate the second hypothesis under study (H2). Besides, women revealed higher perceived social support values than men. There were also gender differences between factors, with women obtaining higher values in the “Emotional / Informational Support” factor, corroborating the third hypothesis under study (H3). This study aimed to begin to fill the gap of studies that analyze the relationship between the perceived social support and the cognitive functioning of Portuguese elderly, contributing to the adaptation of an perceived social support assessment scale to Portuguese, validated with community-dwelling elderly.Fernandes, SandraRepositório da Universidade de LisboaPaiva, Andreia Fonseca de2020-02-04T15:34:54Z20192019-10-032019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/41591TID:202465551porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:41:08Zoai:repositorio.ul.pt:10451/41591Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:54:49.898614Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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