Os Estudos Lusófonos e as Ciências da Comunicação: nota introdutória
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/57439 |
Resumo: | [Excerto] A comunidade lusófona tem para cima de 250 milhões de falantes, mas apenas uma minoria desenvolve um sentimento de pertença baseado numa língua comum. De acordo com o escritor moçambicano, Mia Couto (2009), a lusofonia não é uma realidade de voz cheia, mas apenas um lugar “luso-afónico”, um lugar sem voz, sem o conhecimento nem o reconhecimento das semelhanças e das diferenças do outro, no vasto espaço geográfico e cultural dos países de língua portuguesa e suas diásporas. Reconhecendo este fosso, as associações de Ciências da Comunicação do espaço lusófono lançaram, em 1997, uma rede de cooperação, primeiramente entre pesquisadores de Portugal e Brasil, logo seguidos pelos investigadores galegos, e posteriormente por todo o espaço lusófono. Este movimento baseia-se no pressuposto de que a diversidade linguística enriquece a ciência e de que esta deve ser global e contextualmente relevante. A lusofonia pode ser discutida de acordo com vários pontos de vista, todos relacionados com a identidade cultural dos países de língua portuguesa. Aprofundar este ponto de vista significa centrarmo-nos no estatuto social da língua, o que nos conduz a considerar o Inglês como língua dominante. |
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Os Estudos Lusófonos e as Ciências da Comunicação: nota introdutóriaLusophone Studies and Communication Sciences: introductory noteEstudos LusófonosCiências da ComunicaçãoLíngua portuguesaDiversidade culturalLusophone StudiesCommunication SciencesPortugueseCultural diversityCiências Sociais::Ciências da Comunicação[Excerto] A comunidade lusófona tem para cima de 250 milhões de falantes, mas apenas uma minoria desenvolve um sentimento de pertença baseado numa língua comum. De acordo com o escritor moçambicano, Mia Couto (2009), a lusofonia não é uma realidade de voz cheia, mas apenas um lugar “luso-afónico”, um lugar sem voz, sem o conhecimento nem o reconhecimento das semelhanças e das diferenças do outro, no vasto espaço geográfico e cultural dos países de língua portuguesa e suas diásporas. Reconhecendo este fosso, as associações de Ciências da Comunicação do espaço lusófono lançaram, em 1997, uma rede de cooperação, primeiramente entre pesquisadores de Portugal e Brasil, logo seguidos pelos investigadores galegos, e posteriormente por todo o espaço lusófono. Este movimento baseia-se no pressuposto de que a diversidade linguística enriquece a ciência e de que esta deve ser global e contextualmente relevante. A lusofonia pode ser discutida de acordo com vários pontos de vista, todos relacionados com a identidade cultural dos países de língua portuguesa. Aprofundar este ponto de vista significa centrarmo-nos no estatuto social da língua, o que nos conduz a considerar o Inglês como língua dominante.[Excerpt] While the Portuguese-speaking community numbers exceeds the 250 million, only a minority develops a sense of belonging based on a common language. According to Mozambican author Mia Couto (2009), Lusophony is not a full-throat reality, but only a luso-afónico [luso-voiceless] place, a place with no voice, with no knowledge or recognition of the similarities and differences of others, in the vast geographical and cultural space of Portuguese-speaking countries and their diasporas. In recognizing this divide, in 1997 the Communication Science associations of the Portuguese-speaking space launched a cooperation network, firstly researchers from Portugal and Brazil, followed by researchers from Galicia, and later on throughout the entire Portuguese-speaking space. This movement is based on the assumption that linguistic diversity enriches sciences and that this should be global and contextually relevant. Lusophony can be discussed according to several viewpoints, all related to the cultural identities of Portuguese-speaking countries. Furthering this viewpoint means centering on the language’s social status. This leads us to regard English as the dominant language.(undefined)info:eu-repo/semantics/publishedVersionUniversidade do Minho. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)Universidade do MinhoMartins, Moisés de LemosCosta, AldaMacedo, Isabel Moreira2018-122018-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/57439porMartins, M. L., Costa, A. & Macedo, I. (2018). Os Estudos Lusófonos e as Ciências da Comunicação: nota introdutória. Comunicação e Sociedade, 34, 9 - 14. DOI: 10.17231/comsoc.34(2018).29311645-20892183-357510.17231/comsoc.34(2018).2931http://revistacomsoc.pt/index.php/comsoc/issue/view/245info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:51:39Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/57439Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:50:34.481647Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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