Jogos reduzidos em futebol - Efeitos da Aprendizagem do Jogo e do Número de Balizas nos Indicadores Técnico-Tácticos Individuais e Colectivos, na Frequência Cardíaca e Percepção Subjectiva de Esforço, em Situações de Jogo 6x6, com alunos Universitários

• Autor(a) principal: Sousa, Carlos Alberto Santos
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2534
• topic: Futebol; Jogos Reduzidos; Indicadores Técnico-Tácticos; Frequência Cardíaca; PSE

Este estudo teve como objectivos verificar os efeitos da aprendizagem do jogo, através do módulo teórico-prático da unidade curricular de EFDE IV (Futebol) em situação de JR (GR+6x6+GR), em dois momentos (M1 e M2), e posteriormente comparar a prestação dos jogadores em duas situações de JR (GR+6x6+GR), com objectivos tácticos diferenciados, nomeadamente a variação do número de balizas. Utilizamos 12 jogadores, com a média (M) de idades de 21,6±1,6 anos, anos de prática de 6,8±6 anos. Através de um sistema de notação manual foi registada a frequência dos Indicadores Técnico-táctico individuais e colectivos, com o Polar Team System foi realizada a avaliação da FC, em situações de JR de 6x6 (em espaço de 60x40m), durante 12 minutos, e a escala PSE no final de cada JR. Para análise estatística dos dados recorremos aos procedimentos da estatística descritiva. Para análise estatística dos dados recorremos aos procedimentos da estatística descritiva, com apresentação dos valores da média e desvio padrão. A análise inferencial das variáveis ITTI e ITTC foi realizada através da comparação efectuada pela Anova de Friedman. Nos casos onde foram identificadas diferenças, foi utilizado o teste de Wilcoxon para as discriminar. Os valores da FC foram analisados através de um modelo de análise de variância factorial para medidas repetidas 3x4 (JR 1; JR 2; JR 3; Zonas de Intensidade da FC). O cálculo estatístico foi realizado através do software de tratamento estatístico SPSS para Windows, versão 16.0 (SPSS Inc., Chicago, IL) e a significância estatística foi de P < 0,05. Os JR estudados não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos ITTI na comparação do JR 1 com JR 2, como na comparação do JR 2 e JR 3. Quanto aos ITTC, aumentou a média da duração das AO em 7,05 segundos do JR 1 para o JR 2. Quando fazemos a comparação do JR 2 com o JR 3, verificou-se um aumento de golos (G*), foi estatisticamente significativo. Os JR provocaram exigências fisiológicas elevadas nos jogadores, independentemente do JR utilizado. Um dado que sobressai deste estudo, é que nos JR 1 e 2, valores médios de FCmax estão acima dos 90% (JR 1 – 91,2%; JR 2 – 91,5%), passando respectivamente 71,3% na Zona 4 (>90% da FCmax). Quando comparado o JR 2 com o JR 3, verificamos o oposto, ou seja, apesar dos jogadores se encontrarem na Zona 4 (> 90% da FCMax) com o valor de 50,1%, foi cerca de 20,2% inferior ao encontrado no JR 2, havendo uma distribuição superior nas outras zonas de intensidade. A FC foi estatisticamente significativa nas diversas Zonas de Intensidade, verificando-se o mesmo na interacção da FC com os JR. Na análise PSE verificou-se que foi superior no JR 2, com uma média de 14,7±0,8 (Forte / Intenso), comparativamente ao JR 1, com uma média de 13,7±1,2 (Moderado). Quando se fez a comparação do JR 2 com o JR 3 (15,3±0,9 – Forte / Intenso), estes dados foram superiores.