Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/12546 |
Resumo: | O presente estudo pretendeu analisar as dinâmicas de género na Polícia Judiciária, num contexto de maioria e minoria. Partindo da teoria do tokenism (Kanter, 1977), adotou uma perspetiva de género, na linha de Acker (1990), Connell (2006) e Amâncio (1994), com os objetivos específicos de verificar se as mulheres (membros do grupo minoritário) sentiram algum tipo de obstáculos à sua integração na organização, ou desigualdades baseadas no sexo ao longo da sua carreira, em comparação com os homens (membros do grupo dominante), sobretudo no que concerne às características associadas ao fenómeno do tokenism (Kanter, 1977): a visibilidade, a polarização e/ou assimilação. Este trabalho é sustentado pela caracterização do objeto de estudo e por uma revisão de literatura sobre as desigualdades de género no contexto organizacional. Ao nível empírico, numa perspetiva qualitativa, recorreu à técnica da entrevista semiestruturada, que envolveu 18 membros da Polícia Judiciária (11 do sexo feminino e sete do sexo masculino), com idades entre os 39 e os 60 anos (M = 51; DP = 5,60), a exercer a atividade na área de investigação criminal. Os resultados, obtidos e analisados com o auxílio do programa Nvivo 11 e da análise temática, revelaram cinco temas em torno dos: obstáculos à integração, das desigualdades de género, e da visibilidade, polarização e assimilação. Concluiu-se que as mulheres (membros do grupo dominado) continuam a enfrentar diferentes condições, relativamente aos homens (membros do grupo socialmente dominante). Estas constituem obstáculos às mulheres, contribuindo para limitar o seu desempenho e criar situações de stress adicional. |
id |
RCAP_92d0bd220473c15a737d396016930aca |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/12546 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoriaPolíciaIgualdade de géneroDiscriminação no trabalhoAmbiente organizacionalCriminal investigation policeInequalitiesTokenismGenderDiscoursesO presente estudo pretendeu analisar as dinâmicas de género na Polícia Judiciária, num contexto de maioria e minoria. Partindo da teoria do tokenism (Kanter, 1977), adotou uma perspetiva de género, na linha de Acker (1990), Connell (2006) e Amâncio (1994), com os objetivos específicos de verificar se as mulheres (membros do grupo minoritário) sentiram algum tipo de obstáculos à sua integração na organização, ou desigualdades baseadas no sexo ao longo da sua carreira, em comparação com os homens (membros do grupo dominante), sobretudo no que concerne às características associadas ao fenómeno do tokenism (Kanter, 1977): a visibilidade, a polarização e/ou assimilação. Este trabalho é sustentado pela caracterização do objeto de estudo e por uma revisão de literatura sobre as desigualdades de género no contexto organizacional. Ao nível empírico, numa perspetiva qualitativa, recorreu à técnica da entrevista semiestruturada, que envolveu 18 membros da Polícia Judiciária (11 do sexo feminino e sete do sexo masculino), com idades entre os 39 e os 60 anos (M = 51; DP = 5,60), a exercer a atividade na área de investigação criminal. Os resultados, obtidos e analisados com o auxílio do programa Nvivo 11 e da análise temática, revelaram cinco temas em torno dos: obstáculos à integração, das desigualdades de género, e da visibilidade, polarização e assimilação. Concluiu-se que as mulheres (membros do grupo dominado) continuam a enfrentar diferentes condições, relativamente aos homens (membros do grupo socialmente dominante). Estas constituem obstáculos às mulheres, contribuindo para limitar o seu desempenho e criar situações de stress adicional.This investigation aimed to analyze the gender dynamics in the Criminal Investigation Police, in a context of majority and minority. Starting from the tokenism theory (Kanter, 1977), adopting a gender perspective in line of Acker (1990), Connell (2006) and Amancio (1994), with the specific objective of understand if the women (members of the minority group) felt any kind of obstacles through their integration in the organization, or inequalities based on gender throughout their career, compared to men (members of the dominant group), especially regarding the characteristics associated with the phenomenon of tokenism (Kanter, 1977): visibility, polarization and / or assimilation. This work is grounded by the characterization of the object of study and a literature review on gender inequalities in the organizational context. In an empirical level was used a qualitative perspective, using the technique of semi-structured interview, which involved 18 members of the Criminal Investigation Police (11 females and seven males), aged between 39 and 60 years (M = 51, SD = 5.60) and with a career in the department of criminal investigation. The results, obtained and analyzed with the help of the program Nvivo 11 and thematic analysis, revealed five themes: barriers to integration, gender inequalities, visibility, polarization and assimilation. In the end, was verified that women (members of the dominated group) continue to face different conditions than the men (members of the socially dominant group). These are obstacles to women, as they help to limit their performance and create additional stress.2017-03-08T17:33:10Z2016-10-19T00:00:00Z2016-10-192016-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/12546TID:201263904porDelgado, Catarina Alexandra Pinto Costainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:49:56Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/12546Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:24:35.147063Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
title |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
spellingShingle |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria Delgado, Catarina Alexandra Pinto Costa Polícia Igualdade de género Discriminação no trabalho Ambiente organizacional Criminal investigation police Inequalities Tokenism Gender Discourses |
title_short |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
title_full |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
title_fullStr |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
title_full_unstemmed |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
title_sort |
Dinâmicas de género na Polícia Judiciária: análise em contexto maioria e minoria |
author |
Delgado, Catarina Alexandra Pinto Costa |
author_facet |
Delgado, Catarina Alexandra Pinto Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Delgado, Catarina Alexandra Pinto Costa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Polícia Igualdade de género Discriminação no trabalho Ambiente organizacional Criminal investigation police Inequalities Tokenism Gender Discourses |
topic |
Polícia Igualdade de género Discriminação no trabalho Ambiente organizacional Criminal investigation police Inequalities Tokenism Gender Discourses |
description |
O presente estudo pretendeu analisar as dinâmicas de género na Polícia Judiciária, num contexto de maioria e minoria. Partindo da teoria do tokenism (Kanter, 1977), adotou uma perspetiva de género, na linha de Acker (1990), Connell (2006) e Amâncio (1994), com os objetivos específicos de verificar se as mulheres (membros do grupo minoritário) sentiram algum tipo de obstáculos à sua integração na organização, ou desigualdades baseadas no sexo ao longo da sua carreira, em comparação com os homens (membros do grupo dominante), sobretudo no que concerne às características associadas ao fenómeno do tokenism (Kanter, 1977): a visibilidade, a polarização e/ou assimilação. Este trabalho é sustentado pela caracterização do objeto de estudo e por uma revisão de literatura sobre as desigualdades de género no contexto organizacional. Ao nível empírico, numa perspetiva qualitativa, recorreu à técnica da entrevista semiestruturada, que envolveu 18 membros da Polícia Judiciária (11 do sexo feminino e sete do sexo masculino), com idades entre os 39 e os 60 anos (M = 51; DP = 5,60), a exercer a atividade na área de investigação criminal. Os resultados, obtidos e analisados com o auxílio do programa Nvivo 11 e da análise temática, revelaram cinco temas em torno dos: obstáculos à integração, das desigualdades de género, e da visibilidade, polarização e assimilação. Concluiu-se que as mulheres (membros do grupo dominado) continuam a enfrentar diferentes condições, relativamente aos homens (membros do grupo socialmente dominante). Estas constituem obstáculos às mulheres, contribuindo para limitar o seu desempenho e criar situações de stress adicional. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-10-19T00:00:00Z 2016-10-19 2016-09 2017-03-08T17:33:10Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/12546 TID:201263904 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/12546 |
identifier_str_mv |
TID:201263904 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/octet-stream application/octet-stream |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134807866736640 |