Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/10665 |
Resumo: | O mercúrio é considerado pela Agência para a Proteção do Ambiente Americana (United States Environmental Protection Agency - USEPA) como sendo um dos metais pesados mais tóxicos. A partir da apreciação dos dados epidemiológicos existentes sobre a exposição humana ao mercúrio total (HgT) e metilmercúrio (MeHg), as várias agências reguladoras tentaram determinar quais os valores máximos de MeHg que podem ser ingeridos durante toda a vida sem terem associado qualquer risco considerável. Foi nesse âmbito que se desenvolveu esse trabalho. Foram testadas tanto a corvina (Argyrosomus regius), como o salmão (Salmo salar) para os tratamentos: cozido com água e a vapor, forno e grelhado. Os valores de HgT e MeHg para ambas as espécies estudadas estiveram abaixo do limite máximo admitido (0,5 mg/kg), pela União Europeia (U.E.). Quando presente em concentrações muito baixas, o HgT não representa um perigo toxicológico para o consumidor, mas a sua acumulação a longo prazo pode ser prejudicial, por ser eliminado muito lentamente pelo organismo humano. Trabalhos realizados por diversos autores permitiram concluir que o percentual de MeHg em peixes em relação ao HgT varia de 75 a 90 % o que corrobora com o estudo aqui apresentado. O teor de HgT na corvina variou entre 0,21 mg/kg no cru e 0,30 mg/kg no forno. Constata-se que após os tratamentos culinários houve um aumento do teor deste contaminante, o mesmo foi visto na análise do MeHg. O cozer em água não alterou a concentração de HgT no salmão como os demais tratamentos, quanto ao teor MeHg observou-se um aumento pouco acentuado. A recuperação do HgT após as amostras terem sido submetidas ao processo de digestão in vitro, foi de ± 90 % tanto para a corvina como para o salmão. Os tratamentos culinários não fizeram com que houvesse uma diminuição significativa na bioacessibilidade do HgT e MeHg na corvina, mas com o salmão os resultados foram diferentes (± 50 %). No que respeita a corvina o máximo de refeições por semana estimado foi de 3 em qualquer dos tratamentos culinários, enquanto no salmão o número de refeições não oferece qualquer problema. |
id |
RCAP_936275902ab7251a899237e5984f8dcf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/10665 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitroArgyrosomus regiusSalmo salarBioacessibilidade (digestão in vitro)Mercúrio totalMetilmercúrioDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasO mercúrio é considerado pela Agência para a Proteção do Ambiente Americana (United States Environmental Protection Agency - USEPA) como sendo um dos metais pesados mais tóxicos. A partir da apreciação dos dados epidemiológicos existentes sobre a exposição humana ao mercúrio total (HgT) e metilmercúrio (MeHg), as várias agências reguladoras tentaram determinar quais os valores máximos de MeHg que podem ser ingeridos durante toda a vida sem terem associado qualquer risco considerável. Foi nesse âmbito que se desenvolveu esse trabalho. Foram testadas tanto a corvina (Argyrosomus regius), como o salmão (Salmo salar) para os tratamentos: cozido com água e a vapor, forno e grelhado. Os valores de HgT e MeHg para ambas as espécies estudadas estiveram abaixo do limite máximo admitido (0,5 mg/kg), pela União Europeia (U.E.). Quando presente em concentrações muito baixas, o HgT não representa um perigo toxicológico para o consumidor, mas a sua acumulação a longo prazo pode ser prejudicial, por ser eliminado muito lentamente pelo organismo humano. Trabalhos realizados por diversos autores permitiram concluir que o percentual de MeHg em peixes em relação ao HgT varia de 75 a 90 % o que corrobora com o estudo aqui apresentado. O teor de HgT na corvina variou entre 0,21 mg/kg no cru e 0,30 mg/kg no forno. Constata-se que após os tratamentos culinários houve um aumento do teor deste contaminante, o mesmo foi visto na análise do MeHg. O cozer em água não alterou a concentração de HgT no salmão como os demais tratamentos, quanto ao teor MeHg observou-se um aumento pouco acentuado. A recuperação do HgT após as amostras terem sido submetidas ao processo de digestão in vitro, foi de ± 90 % tanto para a corvina como para o salmão. Os tratamentos culinários não fizeram com que houvesse uma diminuição significativa na bioacessibilidade do HgT e MeHg na corvina, mas com o salmão os resultados foram diferentes (± 50 %). No que respeita a corvina o máximo de refeições por semana estimado foi de 3 em qualquer dos tratamentos culinários, enquanto no salmão o número de refeições não oferece qualquer problema.Nunes, Maria LeonorCanário, Adelino V. M.SapientiaNeves, Denise Regina Ramos2018-06-01T15:39:43Z20122012-11-282012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/10665TID:202227880porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:22:19Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/10665Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:02:17.821231Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
title |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
spellingShingle |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro Neves, Denise Regina Ramos Argyrosomus regius Salmo salar Bioacessibilidade (digestão in vitro) Mercúrio total Metilmercúrio Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias |
title_short |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
title_full |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
title_fullStr |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
title_full_unstemmed |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
title_sort |
Estudo da bioacessibilidade do mercúrio e metilmercúrio presente em produtos da pesca usando um modelo de digestão in vitro |
author |
Neves, Denise Regina Ramos |
author_facet |
Neves, Denise Regina Ramos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Nunes, Maria Leonor Canário, Adelino V. M. Sapientia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Neves, Denise Regina Ramos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Argyrosomus regius Salmo salar Bioacessibilidade (digestão in vitro) Mercúrio total Metilmercúrio Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias |
topic |
Argyrosomus regius Salmo salar Bioacessibilidade (digestão in vitro) Mercúrio total Metilmercúrio Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias |
description |
O mercúrio é considerado pela Agência para a Proteção do Ambiente Americana (United States Environmental Protection Agency - USEPA) como sendo um dos metais pesados mais tóxicos. A partir da apreciação dos dados epidemiológicos existentes sobre a exposição humana ao mercúrio total (HgT) e metilmercúrio (MeHg), as várias agências reguladoras tentaram determinar quais os valores máximos de MeHg que podem ser ingeridos durante toda a vida sem terem associado qualquer risco considerável. Foi nesse âmbito que se desenvolveu esse trabalho. Foram testadas tanto a corvina (Argyrosomus regius), como o salmão (Salmo salar) para os tratamentos: cozido com água e a vapor, forno e grelhado. Os valores de HgT e MeHg para ambas as espécies estudadas estiveram abaixo do limite máximo admitido (0,5 mg/kg), pela União Europeia (U.E.). Quando presente em concentrações muito baixas, o HgT não representa um perigo toxicológico para o consumidor, mas a sua acumulação a longo prazo pode ser prejudicial, por ser eliminado muito lentamente pelo organismo humano. Trabalhos realizados por diversos autores permitiram concluir que o percentual de MeHg em peixes em relação ao HgT varia de 75 a 90 % o que corrobora com o estudo aqui apresentado. O teor de HgT na corvina variou entre 0,21 mg/kg no cru e 0,30 mg/kg no forno. Constata-se que após os tratamentos culinários houve um aumento do teor deste contaminante, o mesmo foi visto na análise do MeHg. O cozer em água não alterou a concentração de HgT no salmão como os demais tratamentos, quanto ao teor MeHg observou-se um aumento pouco acentuado. A recuperação do HgT após as amostras terem sido submetidas ao processo de digestão in vitro, foi de ± 90 % tanto para a corvina como para o salmão. Os tratamentos culinários não fizeram com que houvesse uma diminuição significativa na bioacessibilidade do HgT e MeHg na corvina, mas com o salmão os resultados foram diferentes (± 50 %). No que respeita a corvina o máximo de refeições por semana estimado foi de 3 em qualquer dos tratamentos culinários, enquanto no salmão o número de refeições não oferece qualquer problema. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 2012-11-28 2012-01-01T00:00:00Z 2018-06-01T15:39:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.1/10665 TID:202227880 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.1/10665 |
identifier_str_mv |
TID:202227880 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133255708966912 |