A fuga à "Má Sorte": Subsídios para a história da emigração madeirense (1851-1861)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Maria Cristina Henriques
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/3102
Resumo: Em meados do século XIX, as repartições administrativas da maioria dos estados-nação europeus tentaram munir-se de um sistema-padrão capaz de reconhecer e de monopolizar os seus cidadãos, numa era em que os fluxos migratórios aumentaram exponencialmente. Nesta senda, as guias de passaporte parecem ter concretizado o seu objetivo – o de identificar os indivíduos que solicitavam deslocarse –, dado constituírem o início do processo de emigração legal. As concessões de passaporte, outorgadas entre 1851 e 1861 por regedores e demais funcionários públicos na ilha da Madeira, são exemplo da necessidade de o Estado verificar quem, como e por que motivos os madeirenses requereram passaporte. A análise estatísticodescritiva destes solicitantes permitirá, assim, descortinar o seu perfil socioeconómico, os destinos onde pretendiam estabelecer-se – a maioria com o seu núcleo familiar – e as relações sociopolíticas e financeiras que manteriam o fluxo (e)migratório elevado, precisamente num momento demarcado por crises agrícolas e de fome, epidemias, catástrofes naturais e pobreza, cujos regime de propriedade, pressão demográfica, desemprego e estagnação do estatuto social agravaram a subsistência da maioria da população insulana.
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