Prevalência e resistência de Pseudomonas aeruginosa em ambulatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/13859 |
Resumo: | Pseudomonas aeruginosa é responsável por infeções nosocomiais e na comunidade em geral. Em Portugal, as infeções da pele e dos tecidos moles são as afeções mais frequentes em instituições que prestam cuidados continuados, sendo a maioria gerida em ambulatório. No presente estudo determinou-se a prevalência bacteriana em ambulatório e em postos que prestam serviços de ambulatório e de cuidados continuados. Caracterizou-se a distribuição de P. aeruginosa segundo fatores como a idade, género e localização da infeção e determinou-se o perfil de resistência e multirresistência de P. aeruginosa em exsudados purulentos, no período de 2010 a 2013 no Laboratório Médico de Análises Clínicas de Aveiro (AVELAB). A espécie em estudo foi isolada em meio Levine. Efetuou-se também a coloração de Gram e testes de confirmação bioquímicos, para a correta identificação da espécie. Para avaliação do perfil de resistência realizou-se um antibiograma, pelo método de Kirby-Baüer, com antibióticos definidos pela Direção Geral de Saúde. Dos 652 isolados bacterianos determinou-se que o S. aureus, P. aeruginosa e Proteus spp, são as três principais bactérias responsáveis por infeções da pele e tecidos moles em ambulatório. Também se verificou que P. aeruginosa foi a terceira bactéria mais frequentemente responsável pela infeção em postos de ambulatório com cuidados continuados. Este tipo de infeção é mais frequente, segundo os dados obtidos, em indivíduos do género feminino, com uma média de idades de 77 anos, cujas lesões se localizam predominantemente abaixo do plano transversal à linha da cintura. Os antibióticos que apresentaram maiores percentagens de resistência foram a tetraciclina (88,6%), a ciprofloxacina (33,5%), a gentamicina (25%), a piperacilina±tazobactame (17,1%) e o imipenemo (12,2%). Verificou-se percentagens de resistência mais elevadas no ano de 2013. Futuramente, no plano preventivo deve ser adequada a prescrição e utilização dos antibióticos, assim como vigiar o perfil de resistência e de consumo dos mesmos. No plano científico a exploração de novos compostos, como a prata, iodo, mel, agentes anti-biofilme, novos antibióticos e outras fontes bactericidas como óleos essenciais, e ainda a terapia com recurso a péptidos antimicrobianos, anticorpos monoclonais ou mesmo a terapia fágica poderão servir de complemento ou alternativa para o tratamento de infeções causadas por P. aeruginosa. |
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Prevalência e resistência de Pseudomonas aeruginosa em ambulatórioMicrobiologiaBactérias patogénicas - Resistência a antibióticosAgentes antibacterianosInfecções por bactériasPseudomonas aeruginosaPseudomonas aeruginosa é responsável por infeções nosocomiais e na comunidade em geral. Em Portugal, as infeções da pele e dos tecidos moles são as afeções mais frequentes em instituições que prestam cuidados continuados, sendo a maioria gerida em ambulatório. No presente estudo determinou-se a prevalência bacteriana em ambulatório e em postos que prestam serviços de ambulatório e de cuidados continuados. Caracterizou-se a distribuição de P. aeruginosa segundo fatores como a idade, género e localização da infeção e determinou-se o perfil de resistência e multirresistência de P. aeruginosa em exsudados purulentos, no período de 2010 a 2013 no Laboratório Médico de Análises Clínicas de Aveiro (AVELAB). A espécie em estudo foi isolada em meio Levine. Efetuou-se também a coloração de Gram e testes de confirmação bioquímicos, para a correta identificação da espécie. Para avaliação do perfil de resistência realizou-se um antibiograma, pelo método de Kirby-Baüer, com antibióticos definidos pela Direção Geral de Saúde. Dos 652 isolados bacterianos determinou-se que o S. aureus, P. aeruginosa e Proteus spp, são as três principais bactérias responsáveis por infeções da pele e tecidos moles em ambulatório. Também se verificou que P. aeruginosa foi a terceira bactéria mais frequentemente responsável pela infeção em postos de ambulatório com cuidados continuados. Este tipo de infeção é mais frequente, segundo os dados obtidos, em indivíduos do género feminino, com uma média de idades de 77 anos, cujas lesões se localizam predominantemente abaixo do plano transversal à linha da cintura. Os antibióticos que apresentaram maiores percentagens de resistência foram a tetraciclina (88,6%), a ciprofloxacina (33,5%), a gentamicina (25%), a piperacilina±tazobactame (17,1%) e o imipenemo (12,2%). Verificou-se percentagens de resistência mais elevadas no ano de 2013. Futuramente, no plano preventivo deve ser adequada a prescrição e utilização dos antibióticos, assim como vigiar o perfil de resistência e de consumo dos mesmos. No plano científico a exploração de novos compostos, como a prata, iodo, mel, agentes anti-biofilme, novos antibióticos e outras fontes bactericidas como óleos essenciais, e ainda a terapia com recurso a péptidos antimicrobianos, anticorpos monoclonais ou mesmo a terapia fágica poderão servir de complemento ou alternativa para o tratamento de infeções causadas por P. aeruginosa.Pseudomonas aeruginosa is responsible for nosocomial and general community infections. In Portugal skin and soft tissue infections are more frequent in continued care institutions while most of these infections are managed by ambulatory healthcare. In this study it was determined the bacterial prevalence in stations that provide: i) ambulatory healthcare and ii) both continued and ambulatory healthcare. The work is based on the characterization of the distribution of P. aeruginosa according to factors such as age, gender, infection location and by determining the resistance and multiresistance profiles of the bacteria in purulent exudates, using the data provided by the Medical Laboratory of Clinical Analysis of Aveiro (AVELAB) pertaining the 2010-2013 timeframe. The studied specie were isolated in Levine’s formulation and used Gram staining to identify and other techniques like biochemical test for confirm the specie identification. The resistance profile evaluation was done using an antibiogram, applying the Kirbys-Baüer method using antibiotics defined by the Directorate-General of Health. As result of the developed work, it was determined that of the 652 bacterial isolates the top three bacteria responsible for skin and soft tissue infections are S. aureus, P. aeruginosa and Proteus spp. Furthermore, it was noted that P. aeruginosa was the third most frequent bacteria responsible for infections in ambulatory with a continuum of care. According to the provided data, it was also concluded that this type of infection is more frequent on 77 year old females with lesions are predominantly present below the waist line. The studied antibiotics present a wide range of results in terms of resistance, with tetracycline presenting the highest resistance percentage (88,6%), followed by ciprofloxin (33,5%), gentamicin (25%), piperacillin±tazobactam (17,1%), imipenem (12,2%). It was also verified that 2013 was the year with the more elevated resistance percentages. In the future, the preventive plan should considerate the appropriate prescription and utilization of antibiotics, as well as the continued monitoring of the bacterial resistance profile. The current scientific plan explores new compounds, such as silver, iodine, honey, anti-biofilm agents, new antibiotics, other bactericidal sources, like essential oils, and therapies resorting to antimicrobial peptides, monoclonal antibodies and even phage therapy that could be used as an alternative or a complement to the treatment of infections caused by P. aeruginosa.Universidade de Aveiro2015-04-20T17:59:26Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/13859porGomes, Ana Lúcia da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:25:16Zoai:ria.ua.pt:10773/13859Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:36.078863Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Pseudomonas aeruginosa é responsável por infeções nosocomiais e na comunidade em geral. Em Portugal, as infeções da pele e dos tecidos moles são as afeções mais frequentes em instituições que prestam cuidados continuados, sendo a maioria gerida em ambulatório. No presente estudo determinou-se a prevalência bacteriana em ambulatório e em postos que prestam serviços de ambulatório e de cuidados continuados. Caracterizou-se a distribuição de P. aeruginosa segundo fatores como a idade, género e localização da infeção e determinou-se o perfil de resistência e multirresistência de P. aeruginosa em exsudados purulentos, no período de 2010 a 2013 no Laboratório Médico de Análises Clínicas de Aveiro (AVELAB). A espécie em estudo foi isolada em meio Levine. Efetuou-se também a coloração de Gram e testes de confirmação bioquímicos, para a correta identificação da espécie. Para avaliação do perfil de resistência realizou-se um antibiograma, pelo método de Kirby-Baüer, com antibióticos definidos pela Direção Geral de Saúde. Dos 652 isolados bacterianos determinou-se que o S. aureus, P. aeruginosa e Proteus spp, são as três principais bactérias responsáveis por infeções da pele e tecidos moles em ambulatório. Também se verificou que P. aeruginosa foi a terceira bactéria mais frequentemente responsável pela infeção em postos de ambulatório com cuidados continuados. Este tipo de infeção é mais frequente, segundo os dados obtidos, em indivíduos do género feminino, com uma média de idades de 77 anos, cujas lesões se localizam predominantemente abaixo do plano transversal à linha da cintura. Os antibióticos que apresentaram maiores percentagens de resistência foram a tetraciclina (88,6%), a ciprofloxacina (33,5%), a gentamicina (25%), a piperacilina±tazobactame (17,1%) e o imipenemo (12,2%). Verificou-se percentagens de resistência mais elevadas no ano de 2013. Futuramente, no plano preventivo deve ser adequada a prescrição e utilização dos antibióticos, assim como vigiar o perfil de resistência e de consumo dos mesmos. No plano científico a exploração de novos compostos, como a prata, iodo, mel, agentes anti-biofilme, novos antibióticos e outras fontes bactericidas como óleos essenciais, e ainda a terapia com recurso a péptidos antimicrobianos, anticorpos monoclonais ou mesmo a terapia fágica poderão servir de complemento ou alternativa para o tratamento de infeções causadas por P. aeruginosa. |
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