Segurança infantil dos 1 aos 5 anos – o que sabem os cuidadores?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires da Silva, Sara
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Sampaio, Joana, Teixeira da Silva, Cristiana, Braga, Raquel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v26.i4.10279
Resumo: Introdução: Os acidentes representam a principal causa de morbilidade e mortalidade nos primeiros anos de vida. Este estudo pretendeu avaliar o conhecimento dos cuidadores de crianças entre os um e cinco anos sobre segurança infantil. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico com aplicação de questionário por auto-preenchimento, a uma amostra de conveniência, numa Unidade de Saúde Familiar, de setembro a dezembro de 2014. Resultados: Foram inquiridos 56 cuidadores, de 99 crianças (média 1.7 crianças/família), com idades compreendidas entre os 22 e os 63 anos (mediana 34 anos). A maioria dos inquiridos (89%) procura habitualmente informação sobre segurança infantil, sendo que apenas 37% afirma que este tema é abordado em todas as consultas de saúde infantil. Quando questionados sobre segurança rodoviária, apenas 14% respondeu corretamente a todos os itens e, apesar de 95% utilizarem dispositivo de retenção, apenas 18% o usam de modo adequado. Nas questões sobre afogamentos, apenas 31% utilizam sempre braçadeiras e 11% permitem brincar na banheira sem supervisão. Relativamente à prevenção de quedas salienta-se que 41% assumem a utilização de andarilhos e só 29% têm todas as atitudes preventivas adequadas. A área da prevenção de queimaduras foi a que teve maior défice de respostas corretas (27%), na qual nenhum cuidador respondeu adequadamente a todas as questões. Finalmente as áreas sobre prevenção de engasgamentos e intoxicações foram as que tiveram uma percentagem mais elevada de comportamentos corretos (54% e 41%, respetivamente). Discussão: A segurança infantil é uma preocupação parental. No entanto, continuam-se a verificar práticas quotidianas erradas. Os profissionais de saúde têm responsabilidade nesta área, devendo promover programas de sensibilização efetivos e abordando mais regularmente esta temática nas consultas de saúde infantil.
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