Simbiose entre Design e Emoção: será a cor o espelho da alma?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Mafalda Carvalho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10826
Resumo: A partir do século XX, a Emoção começou a ser um objeto de estudo importante, sendo, inclusive, equiparada à Razão. Embora a Emoção seja um constructo que está constantemente presente nas relações interpessoais, na comunicação e na interação com tudo o que nos rodeia parece existir, na sociedade atual, dificuldade no reconhecimento e expressão de emoções, denominado de alexitimia. A Cor, elemento basilar da Arte e do Design, é uma área que também tem interessado vários autores, sendo que alguns se dedicam a compreender qual a sua relação com a Emoção, tentando perceber que estados emocionais esta consegue evocar. Desta forma, a investigação aqui apresentada tem como objetivo geral a análise e compreensão de uma possível relação entre as cores e emoções. Tendo por base este objetivo, selecionou-se uma amostra por conveniência da população estudantil da UBI composta por 248 participantes com idade superior a 18 anos, de nacionalidade portuguesa, de modo a: (i) analisar a relação entre a paleta cromática selecionada e as emoções; (ii) verificar se a relação entre cor e emoção, presente no modelo desenvolvido por Plutchik, apresenta as mesmas interações na nossa amostra; (iii) analisar as diferenças na relação entre cores e emoção em sujeitos com pontuações baixas e elevadas no TAS-20. Recorreu-se para tal a um questionário sociodemográfico, à TAS-20 e criou-se o CEQu. A análise dos dados foi elaborada com recurso ao programa SPSS. Dos resultados obtidos é de referir que cerca de 43.1% dos participantes apresentam pontuações nos extremos do TAS-20 (13.7% categoria Baixa e 29.4% categoria Elevada). A generalidade dos participantes identificou corretamente as cores alvo com exceção da cor Magenta que foi maioritariamente identificada como Rosa (80.2%). As correlações de Spearman entre a emoção sentida e a emoção associada face às cores alvo, são positivas e significativas (.50<=rs<=.78, p<.01) para todas as cores alvo. Não surgiu neste estudo relação entre as cores e as emoções Antecipação, Raiva e Tristeza. Assim, no âmbito da amostra em estudo e independentemente das pontuações do TAS-20 e das variáveis sociodemográficas, verifica-se que a associação cor-emoção não ocorre com a mesma relação proposta por Plutchik, o que nos leva a considerar que podem existir fatores de aprendizagem e características socioculturais subjacentes a esta temática.
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Tendo por base este objetivo, selecionou-se uma amostra por conveniência da população estudantil da UBI composta por 248 participantes com idade superior a 18 anos, de nacionalidade portuguesa, de modo a: (i) analisar a relação entre a paleta cromática selecionada e as emoções; (ii) verificar se a relação entre cor e emoção, presente no modelo desenvolvido por Plutchik, apresenta as mesmas interações na nossa amostra; (iii) analisar as diferenças na relação entre cores e emoção em sujeitos com pontuações baixas e elevadas no TAS-20. Recorreu-se para tal a um questionário sociodemográfico, à TAS-20 e criou-se o CEQu. A análise dos dados foi elaborada com recurso ao programa SPSS. Dos resultados obtidos é de referir que cerca de 43.1% dos participantes apresentam pontuações nos extremos do TAS-20 (13.7% categoria Baixa e 29.4% categoria Elevada). A generalidade dos participantes identificou corretamente as cores alvo com exceção da cor Magenta que foi maioritariamente identificada como Rosa (80.2%). As correlações de Spearman entre a emoção sentida e a emoção associada face às cores alvo, são positivas e significativas (.50<=rs<=.78, p<.01) para todas as cores alvo. Não surgiu neste estudo relação entre as cores e as emoções Antecipação, Raiva e Tristeza. Assim, no âmbito da amostra em estudo e independentemente das pontuações do TAS-20 e das variáveis sociodemográficas, verifica-se que a associação cor-emoção não ocorre com a mesma relação proposta por Plutchik, o que nos leva a considerar que podem existir fatores de aprendizagem e características socioculturais subjacentes a esta temática.From the twentieth century, Emotion started to be an important subject of study, being even equated to Reason. Although Emotion is a construct that is constantly present in interpersonal relationships, in communication and in the interaction with everything that surrounds us, in today's society there seems to exist a difficulty in recognising and expressing emotions, called alexithymia. Colour, a basic element of Art and Design, is an area that has also interested several authors, some of whom are dedicated, to understand its relationship with Emotion, trying to realise which emotional states it can evoke. Thus, the research presented here has as general aim the analysis and understanding of a possible relation between colours and emotions. Based on this goal, a convenience sample of UBI's student population was selected, composed of 248 participants over the age of 18, of Portuguese nationality, in order to: (i) analyse the relation between the selected chromatic range and emotions; (ii) check whether the relation between colour and emotion, present in the model developed by Plutchik, presents the same interactions in our sample; (iii) analyse the differences in the relation between colours and emotion in subjects with low and high scores in theTAS-20. A sociodemographic questionnaire was used to do so, as well as the TAS-20, and the CEQu was created. Data analysis was developed using the SPSS programme. From the results obtained we can refer that about 43.1% of the participants present scores at the extremes of the TAS-20 (13.7% low category and 29.4% high category). Most participants correctly identified the target colours, except the Magenta colour, that was mostly identified as Pink (80.2%). Spearman's correlations between the emotion felt and the emotion associated with target colours are positive and significant (.50<=rs<=.78, p<.01) for all target colours. During this research, there was no relation between colours and emotions like Anticipation, Anger and Sadness. Thus, within the scope of the sample under study and regardless of the scores of the TAS-20 and the sociodemographic variables, it is possible to verify that the colour-emotion association does not occur with the same relation proposed by Plutchik, which leads us to consider that there may be learning factors and sociocultural characteristics underlying this thematic.Mendes, Maria do Carmo RaminhasNascimento, Carla Sofia Lucas douBibliorumRodrigues, Mafalda Carvalho2020-12-21T14:37:41Z2020-05-142020-01-302020-05-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10826TID:202558894porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:50Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10826Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:41.736721Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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