As pessoas idosas e o suporte social formal em tempo de pandemia

• Autor(a) principal: Coelho, Sónia Maria Fernandes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/36846
• topic: Pessoas idosas; Suporte social; Literacia em saúde; Enfermagem comunitária; Elderly people; Social support; Health literacy; Community nursing; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde

O envelhecimento demográfico representa enormes desafios e responsabilidades, quer para o setor social, quer para o sistema de saúde, em particular para os cuidados de saúde primários. Impõe-se a implementação e melhoria das estratégias de intervenção comunitária, que mobilizem respostas e satisfaçam as necessidades específicas das pessoas idosas, especialmente, durante a pandemia provocada pelo SARS-CoV -2. Nesta perspetiva, desenvolveu-se um projeto de intervenção comunitária com as pessoas idosas, que frequentavam um centro de dia, antes da pandemia, numa IPSS da área geográfica da UCC “Saúde a Seu Lado”, em Odivelas, no período de setembro a dezembro de 2020. Teve como objetivo: contribuir para a literacia em saúde para o uso das redes de suporte social formal dessas pessoas idosas. A metodologia utilizada foi o Planeamento em Saúde de Imperatori e Giraldes (1993), ancorada no Modelo de Sistemas de Betty Neuman (2011). Para o diagnóstico de situação, aplicou-se um questionário para a caracterização sociodemográfica, o apoio social recebido e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (Ribeiro, 1999). A amostra não probabilística foi constituída por 16 pessoas, homogénea no género, com idade média de 81,3 anos, 44% possuem o 1º ciclo de escolaridade, 56% vivem sozinhas e 44% não têm filhos. Como resultados salientamos: o risco de isolamento social, as necessidades de apoio emocional, a falta de apoio social, uma satisfação média com o suporte social, e baixa satisfação nas atividades sociais. Foi priorizado o diagnóstico de enfermagem “risco de isolamento social”. Utilizou-se como estratégias de intervenção: a educação para a saúde, que permitiu contribuir para a literacia em saúde das pessoas idosas sobre o uso do suporte social formal e o desenvolvimento de parcerias com a comunidade, através da elaboração de um projeto intergeracional. Para a avaliação foram utilizados indicadores de processo e de resultados obtidos. Este projeto também permitiu o desenvolvimento de competências de especialista no âmbito da Enfermagem Comunitária e Saúde Pública.