Movimentos Migratórios na Infância: Uma Análise à Luz da Teoria Bioecológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schuler,Flávia de Maria Gomes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Schuler,Emily, Dias,Cristina Maria de Souza Brito
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-77702021000300754
Resumo: Resumo: A título de Introdução observa-se que os movimentos migratórios na infância ainda são alvo de poucos estudos, apesar de serem centro da problemática atual e sofrerem aumentos significativos. O Objetivo geral deste artigo foi analisar a trajetória de jovens brasileiros que migraram para a Suíça ainda crianças, à luz da Teoria Bioecológica. Mais especificamente buscou-se compreender as transições vividas nos diversos sistemas, e como ocorreu adaptação aos mesmos. Quanto ao Método, optamos por uma pesquisa de natureza qualitativa. Os participantes da pesquisa foram doze, sendo seis jovens brasileiros, que migraram ainda crianças para a Suíça, possuem idade entre 18 a 25 anos, de ambos os sexos; assim como seis mães brasileiras que migraram há mais de dez anos, são casadas com europeus e levaram seus filhos para viver com elas. É importante ressaltar que as mães e os jovens não pertencem necessariamente à mesma família. Com os jovens foi utilizado, a entrevista História de Vida, e com as mães foi utilizada uma entrevista semiestruturada. A análise foi feita a partir dos Sistemas propostos pela Teoria Bioecológica, contribuindo para uma visão holística do fenômeno. Os Resultados apontam que as mães que faziam a mediação apresentaram duas dificuldades principais: a língua e o não conhecimento do sistema escolar. Os microssistemas família e escola passaram por mudanças radicais. A criança, por sua vez, foi buscando se adaptar à nova situação, vencendo crises e dificuldades para integração. Para as crianças o tempo foi essencial no passado, venceram muitas dificuldades, ao mesmo tempo em que um leque de possibilidades se abriu. Essas crianças migrantes, hoje os jovens biculturais, trazem consigo uma nova forma de ver o mundo e assim um potencial para muitas mudanças.
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